Publicado em: 08/07/2025 às 17:00hs
A decisão do governo dos Estados Unidos de elevar as metas de mistura de biocombustíveis para os anos de 2025, 2026 e 2027 impactou positivamente os preços do óleo de soja no mercado internacional. As novas metas, divulgadas acima das expectativas, estão detalhadas no relatório Agro Mensal da Consultoria Agro do Itaú BBA.
Além do aumento na mistura de biocombustíveis, os EUA também anunciaram a intenção de reduzir em 50% o uso de matérias-primas importadas no processo de produção — como o óleo de cozinha usado da China e o sebo bovino do Brasil. Essa decisão tende a elevar a demanda doméstica americana por óleo de soja, o que deve estimular o volume de esmagamento no país e sustentar os preços internacionais do grão.
No cenário global, o relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve uma perspectiva estável, com previsão de crescimento nos estoques finais. No entanto, o destaque ficou para o mercado americano, com projeção de redução significativa nos estoques da safra 2025/26, o que pode deixar o balanço mais justo e aumentar a sensibilidade a perdas na produção.
Apesar da estimativa otimista do USDA de produtividade média em 3,5 toneladas por hectare (equivalente a 58,8 sacas por hectare), as condições atuais das lavouras nos EUA estão piores do que as registradas no mesmo período do ano passado. Qualquer revisão negativa nas projeções poderá ter reflexo direto nos preços da soja.
Mesmo com a valorização internacional observada em Chicago, o mercado brasileiro enfrentou queda nos preços da soja em maio. A valorização do real frente ao dólar e a redução dos prêmios pressionaram as cotações. Em Paranaguá (PR), por exemplo, o preço da saca caiu 1,4% no mês, fechando em R$ 133.
Na primeira quinzena de junho, o mercado começou a reagir. A alta na Bolsa de Chicago, somada à valorização dos prêmios de exportação, resultou em uma recuperação de 1% no preço da soja em Paranaguá, elevando a cotação para R$ 134 por saca.
Fonte: Portal do Agronegócio
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