Publicado em: 10/12/2025 às 11:05hs
O preço da cesta básica de alimentos caiu em 24 capitais brasileiras no mês de novembro, em comparação com outubro, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta terça-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores quedas foram observadas em Macapá (-5,28%), Porto Alegre (-4,10%), Maceió (-3,51%), Natal (-3,40%) e Palmas (-3,28%). Apenas Rio Branco (0,77%), Campo Grande (0,29%) e Belém (0,28%) registraram leve aumento no valor da cesta.
Entre os menores custos médios da cesta básica em novembro estão Aracaju (R$ 538,10), Maceió (R$ 571,47), Natal (R$ 591,38), João Pessoa (R$ 597,66) e Salvador (R$ 598,19). As cidades das regiões Norte e Nordeste apresentam composições diferenciadas de produtos, o que contribui para o menor custo médio.
Já o maior valor foi registrado em São Paulo (R$ 842,26), seguido por Florianópolis (R$ 800,68), Cuiabá (R$ 789,98), Porto Alegre (R$ 789,77) e Rio de Janeiro (R$ 783,96).
São Paulo lidera o ranking quando se considera o percentual do salário mínimo líquido necessário para adquirir a cesta básica, com 59,91%. Para comprar o conjunto de alimentos, o trabalhador precisa dedicar 121 horas e 55 minutos de trabalho mensal.
Na outra ponta, Aracaju se mantém como a capital com a cesta mais barata e menor tempo de trabalho necessário: 38,32% do salário mínimo e 77 horas e 59 minutos de jornada.
“A notícia é maravilhosa, é mais economia no bolso do povo brasileiro. O Brasil está colhendo a maior safra agrícola da nossa história, com o consumidor encontrando produtos mais baratos e de excelente qualidade”, destacou Edegar Pretto, presidente da Conab.
Entre os itens que mais contribuíram para a redução da cesta básica estão arroz, tomate, açúcar, leite integral e café em pó.
O arroz agulhinha apresentou queda em todas as capitais pesquisadas, com variações entre -10,27% em Brasília (DF) e -0,34% em Palmas (TO). O tomate também recuou em 26 capitais, com destaque para Porto Alegre (-27,39%) e Boa Vista (-3,21%), refletindo o aumento da oferta devido à maturação das lavouras.
Os preços do açúcar e do leite integral caíram em 24 capitais. No caso do açúcar, a queda foi impulsionada pela redução de preços no mercado internacional, maior oferta durante a safra e menor demanda interna. As maiores reduções ocorreram em Boa Vista (-6,22%) e Aracaju (-6,09%).
O leite também registrou queda devido ao excesso de oferta e aumento das importações de derivados, com variações entre -7,27% em Porto Alegre (RS) e -0,28% em Rio Branco (AC).
O café em pó teve retração em 20 capitais, com as maiores quedas em São Luís (-5,09%), Campo Grande (-3,39%) e Belo Horizonte (-3,12%). Segundo o levantamento, o bom desempenho das lavouras e a estabilidade nas negociações internacionais ajudaram a conter os preços no varejo.
A parceria entre a Conab e o Dieese ampliou a coleta de preços da cesta básica de 17 para 27 capitais brasileiras, reforçando as Políticas Nacionais de Segurança Alimentar e de Abastecimento. Os primeiros resultados com todas as capitais começaram a ser divulgados em agosto de 2025.
Fonte: Portal do Agronegócio
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