A partir de hoje, 14 de maio, uma equipe de pesquisadores da Embrapa iniciará uma série de visitas a fazendas produtoras de café em municípios do Vale do Paraíba, no estado do Rio de Janeiro. O objetivo é coletar amostras de solos e grãos de café como parte do projeto Indicação Geográfica (IG-DO) para os cafés da região, uma iniciativa que visa unir História, Turismo Rural e parâmetros de qualidade para destacar a singularidade do terroir.

O projeto, liderado pelo pesquisador Otoniel Silva Freitas, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, busca embasar cientificamente a solicitação da Associação de Produtores de Café do Estado do Rio de Janeiro (Arcarj) para a obtenção da Indicação Geográfica Denominação de Origem junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Esta fase de frutificação e início de colheita é estrategicamente escolhida para a coleta de amostras, que serão analisadas nos laboratórios da Embrapa.

O Vale do Paraíba, composto pelos municípios de Barra do Piraí, Miguel Pereira, Piraí, Rio das Flores, Valença e Vassouras, pode se tornar o primeiro a obter uma IG para o café no estado do Rio de Janeiro. O potencial da região é respaldado pelo Diagnóstico Técnico do Sebrae, que reconhece suas qualidades únicas. Além da tradição na produção de café, o Vale do Café destaca-se por seu rico patrimônio histórico, arquitetônico e paisagístico, contribuindo para a identidade cultural local.

O projeto conta com o apoio de diversas instituições, incluindo a Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro, a Embrapa Solos, a FAPERJ, a Superintendência Estadual do Rio de Janeiro do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, o Sebrae-RJ e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A iniciativa visa fortalecer a produção de café na região, promovendo a valorização do produto e o desenvolvimento sustentável do setor.