Especialistas e cooperativas do setor cafeeiro seguem atentamente o desenvolvimento das floradas do café no Brasil, conforme relatório divulgado pela Reuters. Após um período prolongado de estiagem, algumas áreas importantes de cultivo de café arábica e canéfora registraram boas floradas com a chegada de chuvas significativas em outubro. No entanto, há incertezas quanto à transformação dos "chumbinhos" – pequenos frutos formados nas flores – em grãos maduros, devido ao déficit hídrico acumulado.

O Escritório Carvalhaes, tradicional consultoria do setor, destaca que as chuvas recentes são vitais para a formação das safras de 2025/2026 e 2026/2027, mas que não serão suficientes para recuperar completamente as perdas já sofridas. Segundo o órgão, os danos à safra de 2025 já são evidentes e devem impactar a oferta do produto.

Com esse cenário, o mercado de café abriu a terça-feira (06) em alta nas bolsas internacionais. Às 8h50 (horário de Brasília), o café arábica registrava avanço de 220 pontos, atingindo 248,15 cents/lbp para o vencimento de dezembro/24. Para março/25, o aumento foi de 200 pontos, alcançando 246,95 cents/lbp, enquanto para maio/25 e julho/25 as altas foram de 175 e 170 pontos, respectivamente, com os contratos cotados a 245,55 e 243,40 cents/lbp.

O café robusta também mostrou tendência de alta: no contrato de novembro/24, houve aumento de US$ 39, com a tonelada atingindo US$ 4.328. Os contratos futuros para janeiro, março e maio de 2025 registraram elevações de US$ 28, US$ 27 e US$ 24, respectivamente, com os valores chegando a US$ 4.346, US$ 4.276 e US$ 4.221 por tonelada.