Algodão

Clima e custos pressionam safra de algodão 2025/26 em Mato Grosso

Estimativa do Imea aponta retração na área plantada e queda de produtividade diante de preços em baixa e condições climáticas adversas


Publicado em: 03/12/2025 às 10:40hs

Clima e custos pressionam safra de algodão 2025/26 em Mato Grosso
Área cultivada com algodão recua em Mato Grosso

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou, nesta segunda-feira (1º), sua mais recente análise sobre a safra de algodão 2025/26 no estado. De acordo com o relatório, a área destinada ao cultivo deve somar 1,43 milhão de hectares, representando uma redução de 1,74% em relação ao mês anterior e queda de 7,28% na comparação com o ciclo passado.

O Imea atribui parte desse recuo ao aumento dos custos de produção e à desvalorização dos preços da pluma, fatores que têm levado produtores a reavaliar o plantio da cultura.

Condições climáticas também influenciam decisões dos produtores

Além dos custos e da rentabilidade, as condições climáticas irregulares observadas durante o cultivo da soja também afetam o planejamento do algodão. Segundo o Instituto, a soja de primeira safra enfrentou dificuldades em algumas regiões do estado, o que pode comprometer o cronograma e o desempenho do algodão de segunda safra.

Produtividade tem queda expressiva

O levantamento do Imea manteve a metodologia de cálculo da produtividade com base na média ponderada das últimas safras. A estimativa atual indica 290,74 arrobas por hectare, número 7,34% inferior ao observado na temporada 2024/25.

Essa redução na produtividade, somada à diminuição da área plantada, impactou diretamente o volume total projetado para o estado.

Produção total deve cair mais de 14%

Com os ajustes, a nova previsão aponta que a produção de algodão em caroço deve alcançar 6,26 milhões de toneladas, representando queda de 14,46% em relação à safra anterior. Desse total, 2,58 milhões de toneladas correspondem à pluma, principal produto destinado à exportação e à indústria têxtil.

O cenário reforça a preocupação do setor com o equilíbrio entre custos, preços e produtividade, que devem determinar o desempenho da cultura em 2025.

Fonte: Portal do Agronegócio

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