Publicado em: 09/06/2025 às 13:30hs
Uma avaliação conduzida por consultoria especializada entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025 confirmou a efetividade do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), promovido pelo Sistema Faemg Senar. O estudo apontou que o programa tem sido decisivo para elevar a eficiência, a gestão e os resultados de milhares de propriedades rurais em Minas Gerais.
No setor leiteiro, o ATeG acompanha cerca de 5 mil propriedades, que juntas produzem mais de 1 milhão de litros de leite por dia. Essa cadeia produtiva movimenta aproximadamente R$ 1 bilhão ao ano, com custos operacionais na casa dos R$ 820 milhões.
Segundo o consultor Carlos Renato Brega, o potencial econômico do programa é comparável ao de grandes corporações do setor.
Um levantamento com 915 propriedades assistidas há pelo menos um ano revelou avanços concretos:
“O ATeG oferece orientação técnica e gerencial com foco em eficiência produtiva, gestão estratégica e autonomia financeira. Isso se traduz em, em média, 20 litros de leite a mais por propriedade diariamente”, explica o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo.
A Fazenda 2W, em Monte Azul, Norte de Minas, ilustra bem esse impacto. O produtor Wemerson Ramon relata que, após dois anos de assistência técnica, a produção de leite dobrou. A adoção do pastejo rotacionado e melhorias na gestão transformaram a realidade da propriedade.
“Antes, a produção diária era de 450 litros. Hoje, são 900, com expectativa de chegar a 1.200. A tecnologia e o apoio técnico foram fundamentais nesse processo”, afirma Wemerson, que também investe em genética e gado confinado.
Na cafeicultura, os resultados são ainda mais significativos. Entre as 903 propriedades acompanhadas:
O programa está presente em 54 mil hectares de lavouras de café em Minas Gerais, com produção estimada em 1,7 milhão de sacas por ano, movimentando R$ 4,2 bilhões.
Na Fazenda Alcântara, em Carbonita, o produtor Petterson Ribeiro dos Santos viu sua produção de café saltar de 10 para 45 sacas por hectare.
“O ATeG trouxe conhecimento e estrutura. Hoje, esperamos colher 500 sacas nesta safra e meu filho também participa da atividade, o que fortalece ainda mais nossa produção”, relata o cafeicultor.
Um dos diferenciais do ATeG é o uso de dados segmentados por município, técnico, sindicato e região, permitindo uma gestão baseada em evidências. “Com isso, sabemos exatamente onde estamos bem e onde precisamos avançar”, ressalta De Salvo.
Os sindicatos rurais são responsáveis por selecionar os produtores participantes, garantindo que os recursos sejam direcionados a quem busca transformar sua propriedade.
Desde 2016, o ATeG já alcançou mais de 38.660 propriedades rurais e promoveu mais de 699 mil visitas técnicas em todo o estado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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