A pesquisa Focus, conduzida pelo Banco Central junto a instituições financeiras, revelou uma elevação na expectativa de inflação para 2024, passando de 4,50% para 4,55%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A meta para o ano é de 3,75%. Em 2025, a projeção também subiu, de 3,99% para 4,00%, enquanto a meta definida é de 3,50%.

Preços Administrados e Índice Geral de Preços

As expectativas para os preços administrados, controlados por contrato ou pelo setor público, aumentaram de 5,06% para 5,08% em 2024. No Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a projeção subiu de 4,39% para 4,57% para o próximo ano. Para 2025, a inflação dos preços administrados teve leve redução, de 3,73% para 3,70%, enquanto o IGP-M aumentou de 3,91% para 3,93%.

PIB e Taxa de Juros (Selic)

Quanto ao crescimento econômico, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 subiu de 3,05% para 3,08%, alinhada com a projeção do Banco Central de 3,2%, segundo o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), de setembro. Para 2025, a expectativa permaneceu estável em 1,93%.

A previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2024 foi mantida em 11,75%. Atualmente, a Selic está em 10,75%, o que indica uma elevação de 1,00 ponto percentual até o fim do ano. Em 2025, a taxa esperada também se manteve em 11,25%, ante 10,75% projetados há quatro semanas.

Expectativas de Câmbio e Balança Comercial

Para a taxa de câmbio, as projeções apontaram aumento, de R$ 5,42 para R$ 5,45 por dólar em 2024, enquanto a estimativa para 2025 seguiu em R$ 5,40.

No comércio exterior, o superávit projetado para 2024 foi revisado para US$ 77,95 bilhões, uma ligeira queda em relação aos US$ 78,00 bilhões da semana anterior. O saldo em conta corrente foi revisado para um déficit de US$ 43,25 bilhões, inferior aos US$ 43,50 bilhões da última previsão. Já os investimentos diretos devem se manter estáveis em US$ 72,00 bilhões para o próximo ano.

Para 2025, a expectativa de superávit comercial foi ajustada para US$ 77,95 bilhões, enquanto o saldo em conta corrente manteve o déficit em US$ 45,00 bilhões. A projeção para o investimento direto externo ficou estável em US$ 74,00 bilhões.