Publicado em: 27/06/2025 às 10:36hs
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 1,67% em junho, movimento bem mais intenso que a baixa de 0,49% observada em maio. Com o resultado, o indicador acumula variação de -0,94% no ano e alta de 4,39% em 12 meses. Em igual mês de 2024, o IGP-M havia subido 0,81%.
Fonte: FGV IBRE.
Análise – Para o economista Matheus Dias, do FGV IBRE, o avanço das safras elevou a oferta de alimentos, o que derrubou preços tanto ao produtor quanto ao consumidor. “No varejo, a queda mais disseminada nos itens in natura reforçou a desaceleração. Já na construção, os custos seguem pressionados pelos reajustes salariais recentes”, explica.
A forte queda no grupo de Matérias-Primas Brutas puxou todo o IPA para baixo, reforçando a deflação observada no IGP-M.
Fonte: FGV IBRE.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,22% em junho, desacelerando ante os 0,37% de maio. Seis das oito classes de despesa registraram arrefecimento:
Em sentido contrário, Educação, Leitura e Recreação (-0,60% para +0,39%) e Comunicação (-0,58% para +0,19%) aceleraram.
Fonte: FGV IBRE.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,96% em junho, depois de subir 0,26% em maio.
A alta expressiva na mão de obra, reflexo de reajustes salariais, foi decisiva para o resultado.
Fonte: FGV IBRE.
Com a colheita agrícola robusta e oferta maior de alimentos, a FGV vê espaço para novas pressões baixistas sobre preços ao produtor e ao consumidor nos próximos meses. Já na construção, os custos trabalhistas devem continuar no radar e podem limitar um arrefecimento mais acentuado do INCC.
Fonte: Portal do Agronegócio
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