Publicado em: 02/06/2025 às 11:10hs
O mercado financeiro revisou para baixo a expectativa de inflação para 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central, a nova estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim do ano é de 5,46%, frente aos 5,50% da semana anterior. Para 2026, a previsão foi mantida em 4,50%.
O centro da meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A revisão das expectativas ocorre após a divulgação do IPCA-15 de maio, que registrou desaceleração e ficou abaixo das projeções do mercado. O índice avançou 0,36% no mês, após alta de 0,43% em abril. No acumulado de 12 meses, a inflação medida pelo IPCA-15 chegou a 5,40%, ante 5,49% no período anterior.
A pesquisa semanal do Banco Central, que reúne as projeções de cerca de uma centena de economistas, apontou uma leve melhora na expectativa de crescimento da economia para 2026. A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 1,70% para 1,80%. Para 2025, houve uma pequena queda: de 2,14% para 2,13%.
Não houve alterações nas projeções para a taxa básica de juros (Selic). A estimativa mediana segue em 14,75% para o fim de 2025 e em 12,50% para o encerramento de 2026. Este é o 18º boletim consecutivo com manutenção dessas projeções. Atualmente, a Selic está em 14,75% ao ano.
As expectativas para o câmbio também permaneceram estáveis. O mercado prevê que o dólar termine 2025 cotado a R$ 5,80 e 2026 a R$ 5,90. Neste ano, a moeda norte-americana acumula queda de 6,8% frente ao real. A desvalorização é atribuída à correção de preços após a forte alta do fim do ano passado, além da incerteza sobre os planos tarifários dos Estados Unidos.
O Boletim Focus desta semana indica uma melhora na percepção do mercado sobre a inflação de 2025 e o crescimento da economia em 2026, ao passo que mantém estáveis as projeções para os juros e o dólar. O movimento reflete os dados mais recentes de inflação e o cenário econômico global ainda incerto.
Fonte: Portal do Agronegócio
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