Publicado em: 03/09/2025 às 14:15hs
O presidente do Sifaeg/Sifaçúcar e da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, participa de uma missão empresarial em Washington, D.C., organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A comitiva reúne mais de 80 empresários brasileiros e 50 representantes norte-americanos, incluindo autoridades, parlamentares e líderes do setor privado, em uma série de reuniões com foco em comércio e investimentos.
Entre os principais temas discutidos está a competitividade do açúcar orgânico brasileiro, produto de alto valor agregado cuja produção é concentrada em Goiás. O estado abriga três das quatro usinas especializadas no país e exporta entre 70% e 90% da produção para os Estados Unidos, o maior consumidor mundial do segmento.
No entanto, as tarifas adicionais aplicadas pelo governo norte-americano encarecem o produto, prejudicando a competitividade do Brasil frente a outros países com acordos comerciais mais vantajosos. Segundo Rocha, "o açúcar orgânico envolve custos elevados de produção, incluindo certificações e manejo diferenciado. Qualquer aumento tarifário compromete a rentabilidade e pode reduzir a participação brasileira no mercado".
A missão empresarial também acompanha discussões relacionadas à Seção 301, investigação que envolve propriedade intelectual, comércio eletrônico, desmatamento, corrupção e etanol. Além do setor sucroenergético, participam empresas de mineração, especialmente de vermiculita – produto goiano exportado para os EUA – e do setor de carnes.
Rocha ressaltou que a sobretaxa pode afetar empregos e investimentos no Brasil. "Estamos em tratativas no Capitólio, com a Câmara de Comércio Americana e o escritório Ballard Partners, buscando reduzir tarifas ou ampliar a lista de produtos isentos. O maior prejudicado acaba sendo o consumidor norte-americano, que paga mais caro por itens não produzidos localmente", afirmou.
A missão segue até quinta-feira (4), quando estão previstas as primeiras rodadas de negociação e possíveis avanços nas discussões comerciais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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