O mercado da soja começou a semana em baixa. Na manhã desta segunda-feira (18), por volta das 6h05 (horário de Brasília), os contratos futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago registravam quedas entre 6,50 e 8,25 pontos. O vencimento para janeiro era negociado a US$ 9,92 por bushel, enquanto o contrato de maio marcava US$ 10,14 por bushel.

Ao contrário do milho e do trigo, que operavam em alta, a soja seguia influenciada por recuos superiores a 1% nos preços do óleo, além de perdas no farelo. O mercado reage a fatores como o avanço da colheita nos Estados Unidos, o estágio final do plantio no Brasil e a demanda chinesa, ainda presente, mas cercada de incertezas desde a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

"O plantio da safra de soja no Brasil já supera os 80%, recuperando os atrasos iniciais e posicionando-se acima dos níveis do ano passado. A expectativa atual é de uma safra recorde, com alta produtividade por hectare. Os mapas climáticos dos próximos 30 dias indicam boas reservas hídricas no Paraná e regiões ao norte, mas mostram alguma deficiência em partes de Santa Catarina e Rio Grande do Sul", explicou Ginaldo Sousa, diretor-geral do Grupo Labhoro.

Os investidores também monitoram o comportamento dos fundos de investimento, o quadro geopolítico e a volatilidade dos mercados financeiros.

"No fim de semana, a Rússia lançou ataques com drones e mísseis na Ucrânia, danificando instalações elétricas e causando grandes estragos. Isso pode oferecer suporte aos preços do trigo. Além disso, persistem rumores no mercado de que o presidente Trump deve implementar novos aumentos tarifários sobre a China logo após sua posse", acrescentou Sousa.