Publicado em: 06/10/2025 às 11:50hs
O Brasil inicia a safra 2025/26 de soja com expectativa histórica de 178,6 milhões de toneladas, segundo projeções da StoneX. Em localidades como Dourados (MS), o plantio já alcançou cerca de 3% da área prevista de 223 mil hectares, com expectativa de produtividade entre 3.600 e 3.900 kg/ha. Apesar do otimismo, o sucesso da temporada depende de fatores que vão além do volume colhido, envolvendo clima, qualidade do solo, manejo e custos de produção.
Especialistas alertam para os efeitos do fenômeno La Niña, que pode causar chuvas irregulares e temperaturas elevadas em regiões produtoras. Essas condições climáticas são particularmente preocupantes nas fases críticas do desenvolvimento da soja, tornando a gestão do solo e o manejo desde a semeadura ainda mais estratégicos.
Enquanto estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul iniciam a safra com solos bem estruturados, alta fertilidade e perspectiva de produtividade robusta, o Rio Grande do Sul enfrenta maior vulnerabilidade. O estado gaúcho convive com estiagens recorrentes e solos que exigem constante correção de acidez e reposição de nutrientes, projetando rendimento médio de cerca de 3.180 kg/ha, abaixo da média nacional.
O uso estratégico de fertilizantes ganha destaque diante das condições regionais. No Centro-Oeste, eles potencializam solos já equilibrados, ampliando a produtividade. No Sul, podem ser decisivos para compensar efeitos do clima adverso, corrigir desequilíbrios químicos e garantir que a planta tenha acesso aos nutrientes mesmo em períodos de estresse hídrico.
Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, destaca a importância do investimento em tecnologia e soluções para o campo:
“A perspectiva de uma boa safra é essencial não apenas para o equilíbrio do abastecimento global, mas também para impulsionar novas tecnologias e produtos voltados à produtividade, sustentabilidade e rentabilidade do produtor rural.”
O aumento dos custos de produção também representa um desafio. No Mato Grosso do Sul, o valor médio por hectare subiu 1,9%, chegando a R$ 6.115,83, com os fertilizantes respondendo por quase 40% das despesas. Isso reforça a importância de uma adubação balanceada, que considere a correção da acidez, reposição de nutrientes e melhoria da estrutura do solo, como forma de garantir a produtividade e a qualidade da safra.
O equilíbrio entre solo fértil, manejo moderno e uso eficiente de fertilizantes será determinante para transformar a expectativa de recorde em realidade. Sem essa combinação, o Brasil pode colher em volume, mas comprometer a qualidade, a margem do produtor e sua posição como líder mundial na produção de soja.
Leonardo Sodré conclui:
“Estamos comprometidos em levar tecnologia e inovação para o campo, oferecendo soluções que impulsionam o trabalho do produtor e fortalecem a economia rural. Investimento em pesquisa e desenvolvimento, aliado ao conhecimento do produtor, é o caminho para uma agricultura cada vez mais sustentável e produtiva.”
Fonte: Portal do Agronegócio
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