O mercado cafeeiro abriu esta quarta-feira (18) com ganhos moderados nas bolsas internacionais, revertendo as perdas registradas na sessão anterior, que foram influenciadas pela desvalorização do real frente ao dólar. A volatilidade segue marcando o setor, impulsionada pelas preocupações com a produtividade da safra de 2025.

Perspectivas de quebra na produção global

Conforme análises do Escritório Carvalhaes, já há consenso de que a produção cafeeira de 2025 sofrerá uma quebra significativa, com o volume colhido ficando muito abaixo do registrado em 2024. As incertezas climáticas persistem em grande parte dos principais países produtores, o que intensifica as especulações sobre a magnitude da redução da safra e mantém a volatilidade nos preços do café em Nova York e Londres.

Movimentação nas bolsas internacionais

Por volta das 9h (horário de Brasília), os contratos futuros de café arábica apresentavam oscilações:

Dezembro/24: queda de 330 pontos, cotado a 325,45 cents/lbp;

• Março/25: alta de 630 pontos, cotado a 331,25 cents/lbp;
• Maio/25: alta de 530 pontos, cotado a 327,20 cents/lbp;
• Julho/25: alta de 460 pontos, cotado a 321,55 cents/lbp.

No caso do robusta, os contratos registraram ganhos em diversos vencimentos:

• Janeiro/25: alta de US$ 5, cotado a US$ 5.221/tonelada;
• Março/25: aumento de US$ 41, cotado a US$ 5.209/tonelada;
• Maio/25: alta de US$ 39, cotado a US$ 5.142/tonelada;
• Julho/25: aumento de US$ 39, cotado a US$ 5.069/tonelada.

Cenário climático e oferta global

Jack Scoville, analista do The Price Futures Group, destacou que as tendências em Nova York e Londres apontam para a valorização dos preços, impulsionada por relatos de safras reduzidas no Brasil devido às condições climáticas adversas. Além disso, chuvas excessivas na América Central têm causado danos às lavouras, contribuindo para a restrição da oferta.

Por outro lado, o Vietnã, maior produtor mundial de café robusta, começa a apresentar aumento na oferta, com a expansão da colheita na região. Apesar disso, a pressão climática em outras áreas produtoras mantém o mercado em estado de alerta e alimenta expectativas de oscilações nos preços nos próximos meses.