O mercado cafeeiro iniciou esta segunda-feira (28) com altas expressivas em função das incertezas sobre a produção para a temporada de 2025. A volatilidade segue sendo impulsionada pela situação climática em países produtores e pelos estoques limitados, que têm pressionado as cotações nas bolsas de Nova York e Londres.

Conforme reportado pela Bloomberg, a tempestade tropical Trami trouxe fortes chuvas para a principal região produtora de café do Vietnã durante o final de semana. O país, que é o maior produtor mundial de café robusta, iniciou recentemente a colheita, e as condições climáticas adversas levantam preocupações sobre o impacto na produção. A Associação de Café do Vietnã projetou uma safra de 27 milhões de sacas para 2024-25, enquanto o Departamento de Agricultura dos EUA estima 28 milhões de sacas para o mesmo período.

O mercado também acompanha a fase final da colheita de arábica na Colômbia e o início das operações no México. Neste contexto de incertezas climáticas e produtivas, os contratos de café nas bolsas internacionais registraram alta de mais de 2% no início desta segunda-feira (28).

Por volta das 9h (horário de Brasília), o contrato de arábica para dezembro/24 avançava 515 pontos, sendo negociado a 253,55 cents/lbp, enquanto os contratos para março/25, maio/25 e julho/25 apresentavam altas de 475, 460 e 455 pontos, respectivamente.

O café robusta também registrou valorização: o contrato de novembro/24 subiu US$ 75, sendo negociado a US$ 4.505/tonelada; os contratos de janeiro/25 e março/25 avançaram US$ 77 e US$ 72, respectivamente, enquanto o contrato de maio/25 teve aumento de US$ 66, alcançando US$ 4.322/tonelada.

Segundo o Escritório Carvalhaes, os estoques reduzidos tanto em países produtores quanto consumidores, aliados ao aumento do consumo e a condições climáticas desfavoráveis, têm gerado dúvidas entre os operadores, resultando em um cenário de grande volatilidade nos preços.