As importações brasileiras de trigo registraram um crescimento expressivo em 2024, alcançando o maior volume em quatro anos no acumulado de 12 meses. Em novembro, mesmo diante da proximidade do fim da colheita no Brasil e do aumento da paridade de importação, o ritmo das compras externas manteve-se elevado.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que a maior oferta de trigo na Argentina, a preços competitivos, tem sido o principal fator para o incremento nas aquisições. Apenas em novembro de 2024, o Brasil importou 427,53 mil toneladas do cereal, quantidade 33% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior.

Desse total, 79,5% tiveram como origem a Argentina, configurando o maior volume importado do país nos últimos seis meses, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

No acumulado de 12 meses encerrado em novembro, as importações brasileiras totalizaram 6,52 milhões de toneladas de trigo. Esse é o maior volume desde o período equivalente finalizado em novembro de 2020, quando foram adquiridas 6,53 milhões de toneladas, segundo análises do Cepea com base nos dados da Secex.