Publicado em: 16/06/2025 às 17:30hs
A Embrapa Cerrados promoveu, na última quarta-feira (11), um encontro com representantes de cinco ministérios do governo federal em sua sede, localizada em Planaltina (DF). O objetivo foi alinhar as estratégias de pesquisa da Unidade às demandas das políticas públicas federais, fortalecendo a atuação da ciência agropecuária no desenvolvimento sustentável do país.
A iniciativa foi conduzida pelo Grupo de Trabalho para Revisão da Agenda Estratégica e pelo Núcleo de Desenvolvimento Institucional (NDI), com apoio dos programas de inovação LAB Cerrados, Lab Agrominas e Biofarm Lab dos Cerrados.
Participaram do evento representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA), Pesca e Aquicultura (MPA), Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) e Educação (MEC). Cada ministério expôs suas prioridades para os próximos anos, com foco até 2030, e discutiu como a Embrapa pode contribuir com soluções técnicas e científicas para a implementação dessas políticas.
Para o chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, ouvir os ministérios é essencial no processo de revisão da agenda estratégica da unidade. “Esse diálogo nos permite direcionar melhor nossas ações de pesquisa, alinhando ciência e inovação às necessidades reais da sociedade brasileira”, afirmou.
O coordenador-geral de Planejamento e Inovação do MIDR, José Joaquim Carneiro, elogiou a iniciativa e defendeu o fortalecimento de políticas públicas integradas. Ele apresentou dois programas prioritários da pasta: o Polo de Agricultura Irrigada e o Programa Rotas de Integração.
Daniel Peter, diretor do Departamento de Políticas de Gestão Ambiental Rural do MMA, destacou que políticas públicas bem estruturadas precisam de uma base técnica sólida. Segundo ele, a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo é uma das áreas com maior necessidade de pesquisa. Além disso, o MMA pretende ampliar ações de combate à desertificação, mitigação da seca e capacitação de extensionistas rurais voltada à adaptação climática.
Quêner Chaves, do MPA, ressaltou o papel dos alimentos aquáticos no cenário de mudanças climáticas e segurança alimentar global. Ele defendeu o fortalecimento da pesca e da aquicultura como alternativas sustentáveis, com menor emissão de carbono, além de promoverem inclusão social e conservação ambiental.
Zaré Brun, coordenador-geral de Pesquisa, Inovação e Patrimônio Genético do MDA e pesquisador da Embrapa, apresentou os avanços do Programa Nacional de Pesquisa e Inovação para a Agricultura Familiar e Agroecologia (PNPIAF). O foco está na transição agroecológica, na conservação dos biomas e no fortalecimento da agricultura familiar por meio de sementes crioulas, bioinsumos e equipamentos adaptados. Ele também defendeu a criação de fluxos contínuos de financiamento para garantir a inovação no setor.
Encerrando as falas ministeriais, Charles Okama, diretor da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, destacou oportunidades de cooperação entre o ministério e a Embrapa. As parcerias podem envolver desde programas de capacitação até projetos de pesquisa, aproximando a ciência agropecuária das instituições de ensino técnico e tecnológico.
O encontro foi um marco importante na construção de estratégias integradas entre ciência, inovação e políticas públicas. A escuta ativa promovida pela Embrapa Cerrados evidencia o compromisso da instituição com uma agenda alinhada às prioridades nacionais, reforçando o papel da pesquisa agropecuária como pilar do desenvolvimento sustentável e da transformação social no Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
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