Publicado em: 23/09/2024 às 13:40hs
Os preços dos suínos vivos e dos cortes de carne no atacado permaneceram estáveis nesta semana, refletindo uma cautela por parte dos frigoríficos frente a potenciais dificuldades no escoamento da carne até o final do mês. Allan Maia, analista e consultor da Safras & Mercado, destaca que, embora os suinocultores percebam um equilíbrio na oferta de animais, os frigoríficos se mostram reticentes.
“A descapitalização da população pode impactar o consumo nos próximos dias. Contudo, o preço elevado dos cortes bovinos, que competem diretamente, pode aumentar a atratividade da carne suína”, explica Maia.
O analista ressalta que o dólar desempenha um papel crucial, afetando tanto os custos de produção quanto a competitividade da carne suína no mercado externo. No entanto, as exportações continuam em níveis satisfatórios, contribuindo para um ajuste na oferta no mercado interno.
De acordo com levantamento da Safras & Mercado, entre os dias 11 e 18 de setembro, o mercado de suínos vivos apresentou estabilidade nas principais praças de comercialização do Brasil. Em São Paulo, o preço CIF frigorífico manteve-se inalterado, fixado em R$ 168,00 por arroba.
Situação similar foi observada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, onde os preços também permaneceram estáveis ou apresentaram variações mínimas. Contudo, algumas praças registraram pequenas oscilações: no interior de Santa Catarina, o preço do suíno vivo subiu 0,61%, de R$ 8,25 para R$ 8,30. Em contrapartida, no Paraná, as regiões de Arapoti e Castro apresentaram uma leve queda de 0,60%, com os preços recuando de R$ 8,30 para R$ 8,25.
A análise semanal de preços revelou que a média do Centro-Sul do Brasil ficou praticamente estável, com uma leve variação negativa de -0,04%, mantendo o valor médio em R$ 7,67.
As exportações de carne suína "in natura" do Brasil geraram US$ 129,239 milhões em setembro, considerando os primeiros dez dias úteis do mês, com uma média diária de US$ 12,923 milhões. O total exportado nesse período alcançou 52,229 mil toneladas, resultando em uma média diária de 5,222 mil toneladas, com um preço médio de US$ 2.474,4.
Em comparação com setembro de 2023, observou-se um aumento de 13,1% no valor médio diário, uma elevação de 6,1% na quantidade média diária e um acréscimo de 6,6% no preço médio, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias