Suíno

Consumo aquecido e exportações sustentam preços da carne suína no mercado nacional

A carne suína registrou valorização no mercado brasileiro na última semana, impulsionada por uma combinação de fatores sazonais e estruturais


Publicado em: 09/05/2025 às 17:00hs

Consumo aquecido e exportações sustentam preços da carne suína no mercado nacional

O aumento da demanda interna, impulsionado pelo pagamento de salários e pela proximidade do Dia das Mães, somado ao bom desempenho das exportações e à queda no custo do milho, fortalece os preços tanto do animal vivo quanto dos principais cortes no atacado.

Demanda interna impulsiona mercado no curto prazo

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Allan Maia, a valorização da carne suína está diretamente relacionada às expectativas de consumo no curto prazo. O pagamento dos salários e a chegada do Dia das Mães são vistos como fatores que tradicionalmente aumentam o consumo de proteína animal, contribuindo para a elevação nos preços.

De acordo com Maia, as indústrias têm adotado uma postura cautelosa nas negociações com os produtores, observando atentamente o comportamento do mercado atacadista. Ao mesmo tempo, os suinocultores relatam uma oferta equilibrada, o que também colabora para a sustentação dos preços.

Exportações continuam aquecidas e reduzem oferta interna

Outro fator relevante destacado por Maia é o bom desempenho das exportações brasileiras de carne suína. A demanda internacional continua forte, o que contribui para a redução da disponibilidade do produto no mercado interno e reforça a tendência de valorização dos preços.

Custo do milho em queda anima produtores

Além da boa performance nas vendas externas e da demanda interna aquecida, os suinocultores têm encontrado alívio no custo da ração. O milho, principal insumo na alimentação dos suínos, segue em tendência de baixa no país. Com maior fixação de oferta por parte dos produtores, o cenário é de otimismo no campo, com expectativa de melhora nas margens da atividade.

Cotações seguem firmes em diversas regiões do país

O levantamento semanal da Safras & Mercado revelou avanços discretos nos preços do suíno vivo e dos cortes no atacado:

  • Suíno vivo: média nacional passou de R$ 7,80 para R$ 7,81 por quilo;
  • Corte de pernil no atacado: subiu de R$ 14,20 para R$ 14,29 por quilo;
  • Carcaça: passou de R$ 12,61 para R$ 12,73 por quilo.

Nas principais praças pecuárias do país, as cotações também mostraram estabilidade ou leve valorização:

  • São Paulo: arroba suína estável em R$ 163,00;
  • Rio Grande do Sul: quilo vivo segue em R$ 6,60 (integração) e R$ 8,25 (interior);
  • Santa Catarina: R$ 6,60 (integração) e R$ 8,20 (interior);
  • Paraná: mercado livre com leve alta de R$ 8,25 para R$ 8,30; integração segue em R$ 6,65;
  • Mato Grosso do Sul: R$ 7,70 em Campo Grande e R$ 6,60 na integração;
  • Goiás: estabilidade em R$ 8,40;
  • Minas Gerais: R$ 8,60 no interior e R$ 8,80 no mercado independente;
  • Mato Grosso: R$ 7,70 em Rondonópolis e R$ 7,05 na integração.
Exportações crescem em volume e receita

As exportações brasileiras de carne suína "in natura" alcançaram bons resultados em abril. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país exportou 99,060 mil toneladas durante os 17 dias úteis do mês, com média diária de 5,827 mil toneladas.

A receita total foi de US$ 245,838 milhões, com média diária de US$ 14,461 milhões. O preço médio da tonelada exportada ficou em US$ 2.481,70.

Em comparação com abril de 2024:

  • A receita média diária aumentou 42,9%;
  • O volume médio diário cresceu 32,5%;
  • O preço médio por tonelada teve alta de 7,9%.

Fonte: Portal do Agronegócio

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