Publicado em: 23/07/2025 às 12:10hs
Nesta terça-feira (22), a Coca-Cola anunciou o lançamento de uma nova versão de seu refrigerante adoçada com açúcar de cana produzido nos Estados Unidos. A mudança atende a um pedido do presidente Donald Trump para substituir o xarope de milho, ingrediente presente na fórmula original da bebida.
Segundo Plínio Nastari, CEO da DATAGRO, essa alteração poderá provocar uma mudança significativa no balanço mundial do açúcar. Em entrevista à CNN Money, Nastari afirmou que a nova demanda da Coca-Cola deve alcançar cerca de 1,5 milhão de toneladas de açúcar por ano.
Atualmente, a previsão para o ano comercial 2025/26 indicava um superávit global de 900 mil toneladas. Com a nova demanda do refrigerante, esse cenário poderia se inverter, resultando em um déficit estimado de 500 mil toneladas.
O mercado dos EUA já apresenta uma forte procura por versões da Coca-Cola produzidas no México, que utilizam açúcar de cana em vez de xarope de milho. Essas versões importadas chegam a custar até três vezes mais do que as fabricadas nos EUA com a fórmula tradicional.
A escolha pelo açúcar de cana é motivada não só pelo sabor diferenciado, mas também por estudos médicos que indicam uma maior associação do consumo de bebidas adoçadas com xarope de milho rico em frutose e glicose à obesidade, em comparação com aquelas adoçadas com açúcar cristalizado da cana.
Fonte: Portal do Agronegócio
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