Publicado em: 07/08/2025 às 11:50hs
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação registrou queda de 1,25% em junho de 2025, na comparação com maio, marcando o quinto mês consecutivo de retração. Entre as 24 atividades industriais avaliadas, 13 apresentaram redução nos preços. No acumulado do ano, a indústria já acumula recuo de 3,11%, enquanto nos últimos 12 meses o índice registra alta de 3,24%.
Os segmentos que mais impactaram o recuo foram:
O setor de alimentos registrou a maior queda mensal em junho desde agosto de 2022, influenciado principalmente pela queda nos preços dos açúcares (VHP e cristal), alinhada à baixa nos preços internacionais e à valorização do real frente ao dólar. Além disso, a carne de frango sofreu impacto da gripe aviária, gerando excesso de oferta interna e pressão sobre os preços. Na carne bovina, descontos promocionais e a valorização cambial também reduziram os preços ao produtor.
No acumulado do ano, o setor apresenta queda de 5,93%, e na comparação anual, os preços estão 5,81% maiores, a menor alta registrada desde julho de 2024.
O refino de petróleo e biocombustíveis teve a quarta maior variação negativa do mês (-2,53%) e acumula queda de 5,43% no ano e de 1,99% nos últimos 12 meses. Produtos como gasolina e óleo diesel registraram recuo nos preços, impactando o índice geral da indústria.
No acumulado do ano, os bens intermediários apresentam maior retração (-5,27%), seguidos por bens de consumo (-0,44%) e bens de capital (-0,49%). Já no acumulado em 12 meses, os bens de consumo lideram a alta com 6,66%, puxados principalmente por bens semiduráveis e não duráveis.
O desempenho do IPP em junho revela uma pressão de baixa sobre os preços industriais, destacando os setores essenciais de alimentos e combustíveis, ambos com influências significativas sobre o índice geral. A agropecuária, representada pelos alimentos e insumos agrícolas, também reflete essa dinâmica, com destaque para os produtos ligados à alimentação animal e defensivos agrícolas.
Enquanto isso, alguns setores, como a indústria farmacêutica e química, mantêm trajetória de reajustes moderados e recuperação nos preços, evidenciando a complexidade e a diversidade dos movimentos de preços dentro da indústria brasileira.
Com informações do IBGE
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias