Perspectiva de safra positiva derruba preços do açúcar

Os contratos futuros de açúcar recuaram nas bolsas internacionais na última sexta-feira (6), refletindo as boas expectativas para a safra asiática. A previsão de uma colheita mais robusta na Índia, Tailândia e China, impulsionada pelo início antecipado das monções, tem pressionado as cotações da commodity.

Alta do petróleo limita recuos

Apesar da tendência de queda, a valorização do petróleo pode conter novas baixas nos preços do açúcar. Isso porque o combustível mais caro torna o etanol mais competitivo, estimulando o uso da cana-de-açúcar para a produção de biocombustível em vez de açúcar.

Segundo Michael McDougall, CEO da McDougall Global View, o petróleo ajuda a segurar as perdas, mas os preços da commodity só devem encontrar suporte firme se caírem abaixo de 16 centavos de dólar por libra-peso.

Desempenho nas bolsas internacionais

Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto fechou em queda na maioria dos contratos:

• Julho/2025: recuo de 8 pontos, cotado a 16,49 centavos de dólar por libra-peso
• Outubro/2025: queda de 2 pontos, negociado a 16,86 centavos de dólar por libra-peso
• Março/2026: manteve-se estável

Já na ICE Europe, em Londres, o açúcar branco teve desempenho misto:

• Agosto/2025: alta de US$ 1,90, encerrando a US$ 465,20 por tonelada
• Dezembro/2025: queda de US$ 0,20, com cotação de US$ 463,90 por tonelada

Mercado interno registra leve alta

No mercado brasileiro, o açúcar cristal teve uma pequena valorização. Segundo o Indicador Cepea/Esalq da USP, a saca de 50 kg foi negociada a R$ 131,80, o que representa uma alta de 0,30% em relação ao dia anterior.