O Brasil está prestes a consolidar sua posição como líder no comércio internacional de açúcar em 2025, respaldado por expectativas de preços elevados no mercado interno e externo. Especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os preços devem permanecer atrativos, sustentados por uma possível arbitragem entre os mercados doméstico e global.

No mercado interno, parte significativa das exportações já foi negociada com base em preços elevados nos últimos meses. Paralelamente, o crescimento econômico, embora moderado devido à instabilidade macroeconômica, deve absorver a oferta destinada ao consumo interno.

No cenário internacional, a baixa reposição de estoques mundiais nos últimos dois anos, combinada à crescente demanda de mercados emergentes como Paquistão e Indonésia, tende a manter os preços acima de 18 centavos de dólar por libra-peso na ICE Futures, em Nova York. Historicamente, a redução da relação estoque/consumo tem sido um fator decisivo para a valorização dos preços, beneficiando diretamente as exportações brasileiras.

Adicionalmente, o câmbio favorável e as tensões comerciais entre potências como Estados Unidos e China podem abrir novas oportunidades para o Brasil, não apenas no mercado de açúcar, mas também no de etanol.

Perspectivas Promissoras, Apesar de Desafios

O Centro-Sul do Brasil, principal região produtora, enfrenta o desafio contínuo de adaptação às condições climáticas e às dinâmicas de mercado. No entanto, a sólida demanda global e o papel estratégico do país na produção e exportação reforçam sua posição como protagonista no setor.

Assim, 2025 se apresenta como um ano promissor para o Brasil, que continuará a desempenhar um papel central no abastecimento global de açúcar, consolidando-se como líder incontestável no mercado internacional.