Milho e Sorgo

Goiás projeta maior produtividade do milho em 12 anos, enquanto produção nacional deve alcançar 128,2 milhões de toneladas

Apesar da queda na área plantada, desempenho das lavouras deve impulsionar colheita histórica; mercado interno registra desvalorização no semestre


Publicado em: 22/07/2025 às 11:28hs

Goiás projeta maior produtividade do milho em 12 anos, enquanto produção nacional deve alcançar 128,2 milhões de toneladas
Foto: CNA
Brasil deve colher 128,2 milhões de toneladas de milho na safra 2024/25

A produção brasileira de milho na temporada 2024/25 está estimada em 128,2 milhões de toneladas, de acordo com o boletim Agro em Dados de julho, divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás. O volume representa o segundo maior da série histórica, mesmo com uma redução de 3,7% na área plantada em relação à safra recorde de 2022/23.

Produtividade nacional atinge patamar recorde

Apesar da retração na área cultivada, a produtividade média nacional deve alcançar o maior índice já registrado. Em Goiás, as lavouras devem apresentar o melhor rendimento dos últimos 12 anos, reflexo das condições favoráveis de campo. “A expectativa é de uma colheita robusta no estado”, destacou a secretaria.

Oscilações no mercado interno marcam o primeiro semestre

O mercado interno de milho registrou forte volatilidade nos primeiros seis meses de 2025.

  • Janeiro: preço médio mensal de R$ 74,17 por saca
  • Março: pico de R$ 89,12 por saca, impulsionado pela oferta restrita da safra de verão e demanda aquecida
  • Junho: queda para R$ 68,15 por saca

O recuo representa desvalorização acumulada de 8,12% no semestre e queda de 23,5% em relação ao pico de março.

Alta oferta pressiona preços com avanço da safrinha

A queda nos preços está diretamente ligada ao avanço da colheita da segunda safra, que traz boas perspectivas de produtividade e amplia a oferta no mercado interno. Além disso, o boletim aponta que a queda nas cotações internacionais e a valorização do real frente ao dólar diminuíram a competitividade das exportações brasileiras, pressionando ainda mais os preços domésticos.

“Com a menor paridade de exportação, o mercado opera com baixa liquidez e preços em queda”, informa a publicação.

Diante desse cenário, os produtores têm adotado estratégias comerciais mais cautelosas.

Exportações caem 18,4% entre janeiro e maio

As exportações brasileiras de milho caíram 18,4% entre janeiro e maio de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo o boletim, essa retração pode estar relacionada:

  • À menor demanda de países importadores
  • Às boas projeções para a safra dos Estados Unidos

E à intensificação da colheita da safrinha no Brasil, o que gerou maior prudência no mercado internacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

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