Milho e Sorgo

Custo da safra de milho em Mato Grosso cresce 2,1% e impacta planejamento do produtor

Insumos e depreciação de máquinas lideram alta nos custos; custo total da safra 2025/26 atinge R$ 6.706,92 por hectare


Publicado em: 03/12/2025 às 17:00hs

Custo da safra de milho em Mato Grosso cresce 2,1% e impacta planejamento do produtor

O custeio da safra 2025/26 de milho em Mato Grosso apresentou alta de 2,12%, alcançando R$ 3.305,13 por hectare em relação à temporada anterior. O aumento é puxado principalmente pela elevação de 2,84% nos gastos com insumos, que continuam sendo o principal componente do custo, representando 88,41% do valor total.

Custos operacionais sobem e pressionam margens

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o Custo Operacional Efetivo (COE) da safra foi projetado em R$ 4.791,30/ha, enquanto o Custo Operacional Total (COT) atingiu R$ 5.379,10/ha, registrando aumentos anuais de 3,90% e 4,51%, respectivamente.

O crescimento reflete, principalmente, a maior despesa com pós-produção e o aumento das depreciações, que subiram 10,05% em relação à safra 2024/25, impactando diretamente o planejamento financeiro do produtor.

Custo de oportunidade e valorização de ativos

O custo de oportunidade da safra foi estimado em R$ 1.327,82/ha, um salto de 40,21%. Este indicador representa o rendimento que o produtor deixa de obter ao manter o capital investido em terra, benfeitorias e máquinas em vez de aplicá-lo no mercado financeiro.

O aumento reflete tanto a valorização dos ativos agrícolas quanto o cenário de juros elevados no país, que encarece o custo de capital.

Custo total da safra atinge R$ 6.706,92 por hectare

Com todos os componentes considerados, o custo total da safra 2025/26 chegou a R$ 6.706,92 por hectare, o que representa alta de 10,05% em relação à temporada anterior. O IMEA alerta que esses números exigem atenção do produtor na gestão financeira e planejamento de investimentos, especialmente em um cenário de custos elevados e margens comprimidas.

Fonte: Portal do Agronegócio

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