Publicado em: 05/11/2024 às 10:10hs
A colheita de citros na região de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, está praticamente concluída, com cerca de 98% da área colhida, segundo o boletim semanal divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (31). Apesar do avanço da colheita, a produtividade das laranjas, tanto para suco quanto para mesa, ficou abaixo das expectativas iniciais. Variedades como Valência, Folha Murcha, Iapar 73, Salustiana e Rubi registraram uma produtividade de aproximadamente 15 toneladas por hectare, abaixo da previsão inicial de 18 t/ha. Já as laranjas-de-umbigo, nas variedades Bahia e Bahia Monte Parnaso, alcançaram apenas 12 t/ha, frente à expectativa de 15 t/ha.
No entanto, para as variedades de bergamota, como Ponkan, Murcott e Montenegrina, a colheita superou as expectativas, atingindo 12 t/ha. O limão Tahiti, por sua vez, também ficou aquém do previsto, com produtividade de 20 t/ha, frente a uma projeção de 26 t/ha.
Com o encerramento da safra, tem início um novo ciclo de desenvolvimento dos pomares. As condições climáticas são favoráveis para o pegamento e crescimento dos frutos, e o manejo inclui adubação e tratamentos fitossanitários para o controle de pragas e doenças, com destaque para o combate à clorose variegada dos citros (CVC) e à leprose.
No mercado, os preços da laranja destinada à indústria de suco variam entre R$ 2.250 e R$ 2.350 por tonelada, enquanto para o consumo de frutas frescas os valores oscilam entre R$ 2.800 e R$ 3.000 por tonelada. A laranja-de-umbigo e a bergamota Murcott têm preços entre R$ 2,50 e R$ 2,80 por quilo, e a Montenegrina é vendida entre R$ 2,50 e R$ 3,00/kg.
Na região de Lajeado, que inclui municípios como Montenegro, Brochier, Maratá e São José do Sul, a colheita já foi finalizada, mas as bergamotas armazenadas em câmaras frias continuam em comercialização. Mesmo diante das adversidades climáticas, produtores da região avaliam a safra de forma positiva, impulsionada por bons preços de mercado. No momento, as atividades voltam-se para a poda, monitoramento e controle fitossanitário, com expectativa de uma boa safra para o próximo ciclo, apoiada em condições climáticas favoráveis e uma floração intensa. O limão, comercializado em caixas de 20 kg, está cotado entre R$ 95 e R$ 100.
Fonte: Portal do Agronegócio
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