Publicado em: 01/08/2025 às 12:00hs
O mercado do feijão apresentou nova alta para os grãos carioca de melhor qualidade no período entre 17 e 25 de julho, segundo o Indicador Cepea/CNA. A valorização ocorre em meio a uma colheita avançada nas principais regiões produtoras, com compradores realizando aquisições pontuais.
A preferência do mercado permanece focada em lotes com coloração clara e escurecimento lento, características que têm sustentado os preços dessas categorias.
O feijão carioca com nota 9 ou superior liderou as valorizações em várias regiões do país:
Apesar da reação positiva, os preços atuais ainda estão abaixo da média histórica acumulada desde setembro de 2024, em quase todas as praças. Em Itapeva, por exemplo, a média histórica no período é de R$ 260,32, cerca de 8% acima do valor atual.
Para os grãos comerciais, com notas 8 e 8,5, a preferência por lotes de coloração clara impulsionou a valorização em diversas regiões:
Apesar do crescimento, algumas regiões ainda negociam abaixo da média histórica. Curitiba, por exemplo, registrou média de R$ 197,23 por saca entre setembro de 2024 e julho de 2025, contra os R$ 168,67 atuais. Já Itapeva apresenta média histórica de R$ 212,16, enquanto o Triângulo Mineiro já sinaliza recuperação, com preços próximos da média acumulada.
No mercado do feijão preto tipo 1, a oferta permanece abastecida por estoques e colheitas encerradas, resultando em variações discretas na maior parte das regiões:
O assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, alerta que o momento exige atenção dos produtores, especialmente diante da valorização dos lotes de melhor padrão.
“Com o mercado priorizando feijões de maior qualidade, muitos produtores estão avaliando o uso de câmaras frias para preservar a qualidade dos grãos e buscar melhores oportunidades de comercialização no futuro”, destaca.
Apesar das recentes altas, os preços do feijão ainda permanecem abaixo das médias históricas em várias regiões. A valorização dos grãos de melhor qualidade indica um movimento do mercado para produtos premium, reforçando a importância do cuidado na conservação e comercialização para os produtores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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