Publicado em: 18/08/2025 às 18:00hs
A cafeicultura brasileira registrou movimentação de US$ 493 milhões em defensivos agrícolas durante a safra 2024-25, de acordo com o levantamento FarmTrak Café, realizado pela Kynetec Brasil. O valor foi impulsionado por um aumento de 20% na intensidade de tratamentos, apesar da queda de 10% nos preços e do impacto cambial negativo. A área potencial tratada atingiu 35,2 milhões de hectares.
Entre os produtos utilizados, fungicidas foliares concentraram a maior parte do mercado, com US$ 143 milhões, seguidos por produtos aplicados no solo/drench (US$ 107 milhões), inseticidas foliares (US$ 106 milhões) e herbicidas (US$ 94 milhões).
Os nematicidas apresentaram crescimento expressivo, totalizando US$ 26 milhões, refletindo a maior preocupação dos produtores com pragas e doenças como broca-do-café, ferrugem e cercospora.
Cristiano Limberger, especialista em pesquisas da Kynetec, explica:
“O aumento na adoção de tecnologias reflete a pressão de pragas, doenças fúngicas e nematoides, além da demanda por herbicidas devido à incidência de plantas invasoras”.
Ele destaca ainda as principais ameaças à cafeicultura: broca-do-café, ferrugem, cercospora e plantas invasoras como trapoeraba, buva, capim-pé-de-galinha e corda-de-viola.
A área cultivada com café manteve-se estável em 2,1 milhões de hectares, sendo 83% de arábica e 17% de robusta/conilon. Entre as regiões, Sul de Minas lidera como maior polo produtor, com 28% da área, seguido por Espírito Santo (20%), Cerrado Mineiro (17%), e Vale do Rio Doce-Zona da Mata (17%). São Paulo concentra 10%, enquanto Roraima, Bahia e Paraná somam 7% do cultivo.
O levantamento da Kynetec Brasil envolveu mais de 1,1 mil entrevistas com cafeicultores nas principais regiões produtoras do país, oferecendo uma visão detalhada sobre o mercado de defensivos e a adoção tecnológica na cafeicultura nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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