O Rio Grande do Sul avança para a etapa final da colheita de cevada, com resultados positivos para a safra de 2023. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (28), 60% das áreas cultivadas nos Campos de Cima da Serra já foram colhidas, enquanto os 40% restantes encontram-se em fase de maturação. Em outras regiões do estado, a colheita foi concluída sob condições climáticas favoráveis.

Qualidade e aprovação da produção

A safra deste ano, embora não tenha alcançado os recordes históricos de 2022, superou o desempenho registrado em 2023, quando uma parcela significativa da produção foi rejeitada pela indústria de malte. Dados da Gerência de Classificação e Certificação (GCC) da Emater/RS-Ascar indicam que 95% das 52 mil toneladas de cevada analisadas foram aprovadas para a fabricação de cerveja.

Entre os grãos desclassificados, as principais causas foram tamanho inadequado, baixo poder germinativo e presença de micotoxinas. Esses fatores estão relacionados a condições adversas, como chuvas excessivas e nebulosidade durante o ciclo de cultivo. A produtividade média alcançou 3.431 quilos por hectare, com uma área total plantada de 34.398 hectares.

Mercado aquecido e preços estáveis

Na região de Erechim, a cevada de primeira classe destinada à indústria cervejeira tem sido cotada a R$ 90,00 por saca de 60 quilos. Segundo a Emater/RS-Ascar, o mercado mantém-se estável, com perspectivas favoráveis de absorção pela indústria devido à alta qualidade do grão nesta safra.

A boa aceitação da cevada gaúcha reflete os esforços dos produtores e as condições gerais do cultivo, consolidando o estado como um importante fornecedor para o mercado cervejeiro nacional.