Em sua primeira previsão da safra de trigo, o escritório agrícola da França informou que a produção de trigo mole será de 32,895 milhões de toneladas, uma queda de 7,2% em relação ao ano passado. A partir de 1º de julho, a FranceAgriMer também projetou a produção total de cevada – safras de inverno e primavera – em 11,177 milhões de toneladas, queda de 2,4% em relação ao ano passado.

Esperava-se que a colheita de trigo macio deste ano, que começou cedo nas regiões do sul em junho, trouxesse um rendimento menor do que a média, já que o clima quente e seco prejudicou as colheitas em algumas áreas. Os agricultores franceses haviam colhido 14% da safra de trigo mole deste ano até 4 de julho, contra 5% na semana anterior, disse a FranceAgriMer em 8 de julho.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, que paralisou as exportações marítimas de seus grãos e complicou o comércio com a Rússia devido às sanções ocidentais, colocou um foco maior nos suprimentos da União Europeia e particularmente da França, enquanto os países importadores lutam para encontrar alternativas. A França é o maior exportador de trigo da UE e o quarto maior do mundo, com quase 20 milhões de toneladas embarcadas em 2020 para aumentar os estoques, e a França foi o maior fornecedor desse concurso.

O clima adverso e a infestação de pragas levaram a uma diminuição na produção de trigo e cevada da França, mas ainda há esperança para o milho, de acordo com um relatório da Rede Global de Informações Agrícolas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). No início de agosto de 2020, estima-se que 90% da safra de trigo do país havia sido colhida, mas estima-se que sua safra de trigo mole seja a terceira menor da história.