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Operações agrícolas não terminam na colheita: a importância da análise e gestão de resultados

Etapa garante mais eficiência e, consequentemente, reduz gastos e aumenta investimentos certeiros


Publicado em: 04/04/2022 às 08:00hs

Operações agrícolas não terminam na colheita: a importância da análise e gestão de resultados

Preparar o solo, planejar as operações, realizar o plantio, aplicar os insumos, monitorar as atividades e realizar a colheita. Muitos vêem este como o ciclo completo das atividades agrícolas, mas há mais um fator essencial para que se obtenha sucesso no agronegócio: a análise e a gestão de resultados. A ausência dessa etapa pode prejudicar completamente o trabalho de um produtor ou empresa agrícola e florestal. É por isso que, atualmente, cada vez mais tecnologias estão disponíveis para auxiliar nesse processo.

“Avaliando e compreendendo todas as ações que foram adotadas em uma operação, é possível investir nas melhores atitudes para que a próxima safra seja ainda mais eficiente operacionalmente. Ninguém está isento de erros e livre de imprevistos, por exemplo, mas a forma de lidar com essas situações — buscando entendê-las para evitá-las, ou simplesmente as ignorando — é a grande diferença entre aqueles que fracassam e os que obtêm sucesso”, defende Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, empresa que desenvolve e fornece soluções digitais agrícolas e florestais.

Por meio de tecnologias como sensores e computadores de bordo integrados ao maquinário do campo, todas as informações que permitem a compreensão precisa da realidade do que acontece nas áreas rurais são registradas. A partir disso, com apoio de soluções de gestão operacional e business intelligence, é possível fazer uma análise inteligente dos processos, adquirindo uma visão estratégica para a tomada de decisões mais acertadas no futuro.

O software HxGN AgrOn Gestão Operacional, desenvolvido pela divisão, por exemplo, é um sistema de gestão de informações georreferenciadas das operações agrícolas, seja na fase de plantio, de cultivo ou de colheita. Com um processamento avançado e automatizado, o produto coleta dados dos displays instalados nas máquinas e disponibiliza relatórios, mapas, gráficos e tabelas exportáveis em uma plataforma online.

“Com essas informações reais em mãos, empresas e produtores conseguem ter um controle muito maior das operações sob sua gestão, identificando as fases mais sensíveis da produção e tomando as ações necessárias para ajustá-las. Isso garante mais eficiência e, por consequência, redução de gastos e aumento em investimentos certeiros”, reforça Bernardo.

Um exemplo de gestão importante é a do total de insumos aplicados (em kg/ha) — sejam adubos, herbicidas, controle de pragas ou qualquer outro tipo de produto. Com esse valor em mãos, é possível analisar se houve super ou subdosagem, qual foi a porcentagem do desvio, se vai ser necessário fazer alguma ação de reaplicação e assim por diante. Como os dados são georreferenciados, também ficam disponíveis quais áreas exatas tiveram falha na aplicação, qual foi a área total executada e qual foi a velocidade da operação. Com isso, ações complementares como baixa no estoque de insumos, controle de ordens de serviço e pagamentos a terceiros podem ser realizadas automaticamente.

Outra colaboração das tecnologias de gestão é a análise de questões de tempos e rendimentos, que permitem um melhor gerenciamento dos ativos envolvidos nas operações. Como as ferramentas proporcionam a medição de tópicos como área percorrida pelo maquinário, horas de trabalho e combustível gasto, elas são capazes de verificar exatamente o tempo total produtivo e improdutivo. 

Os ganhos que esse gerenciamento proporciona são muitos, como negociação com empresas prestadoras de serviços, políticas de bonificação de operadores, decisões de manutenção preventiva e corretiva das máquinas e planejamento da melhor trajetória dos veículos para gestão de frotas. 

Gestão em tempo real

Com o avanço das inovações no campo, atualmente, essa gestão estratégica não precisa ser realizada apenas após a colheita, como também durante toda a operação agrícola. Telemetria e conectividade já permitem a coleta e o compartilhamento de dados com centrais de comando remotas, onde equipes de operadores conseguem ficar conectadas com as atividades do campo mesmo à distância.

Todas as informações que chegam pelo sistema sobre a execução de operações podem ser continuamente comparadas com as metas planejadas, além de darem origem a análises de desempenho e possibilitarem a tomada rápida de decisões para correção de problemas. “Se o gestor vê que alguma máquina está parada, fora da velocidade ou com desvio na aplicação, por exemplo, é possível entrar em contato com o operador na mesma hora para verificar o que está acontecendo e solucionar a questão, o que evita prejuízos e traz mais produtividade”, enfatiza o presidente da divisão de Agricultura da Hexagon. 

Fonte: Dialetto

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