Publicado em: 04/12/2019 às 14:40hs
Estão abertas as inscrições para o workshop Reservação de água, promovido pelo Sebrae Minas no dia 6 de dezembro, em Belo Horizonte,. O objetivo do evento é debater possibilidades de captação e armazenamento da água de chuva para uso da agropecuária. “Estudos do Instituto Nacional de Metereologia mostram que as mudanças climáticas estão alterando o padrão de chuvas no Brasil, particularmente na região Sudeste. Assim, os produtores rurais precisam de estratégias para superar períodos secos, cada vez mais extensos”, afirma a analista do Sebrae Minas Fabiana Vilela.
A distribuição irregular das chuvas compromete a produtividade, o planejamento e a gestão das propriedades rurais. A irrigação tornou-se crucial para mitigar esses problemas. Fabiana explica que a reservação permite acumular a água durante períodos chuvosos em tanques ou barragens. Feita de maneira correta, a técnica permite aumento da produtividade agrícola, garante a dessedentação dos animais, evita a erosão dos solos e, consequentemente, o assoreamento dos nossos rios.
No entanto, em Minas Gerais, a atual legislação não permite aos produtores rurais a construção desse tipo de barragem. Por isso foram convidados representantes de órgãos que fazem a gestão dos recursos hídricos no Estado, representantes de comitês de bacias hidrográficas, além de especialistas em agronegócios, irrigação e meteorologia para debater a possibilidade de aproveitamento das águas de chuva de maneira sustentável no Estado.
Uma das palestras ministradas no workshop será a do ex-secretário de Agricultura do Espírito Santo, Otaciano Neto. Ele conta que, em 2015, o Estado flexibilizou a legislação, permitindo a construção desse tipo de barragem, desde que o projeto fosse assinado por um engenheiro. “Antes era tão difícil conseguir aprovação para barragem de reservação de água que os produtores rurais construíam de maneira clandestina”, afirma.
A partir de uma legislação mais flexível, o Estado passou de 70 barragens aprovadas ao ano para 3 mil. De acordo com Otaciano, essa ampliação diminuiu o impacto da crise hídrica no Espírito Santo, além de trazer outras vantagens. “O risco de ruptura de barragens diminuiu e nós conseguimos fazer uma gestão mais eficiente da quantidade de água armazenada em cada bacia hidrográfica. Quando é fácil licenciar, ninguém quer fazer construções clandestinas”, diz.
Inscrições pelo Sympla
Informações para imprensa: 31 3379-9276
Fonte: SEBRAE MG
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