Pesquisas

Simpósio Brasil Sul de Suinocultura destaca os últimos avanço no combate ao Seneca Valley Vírus

As inscrições para o evento podem ser realizadas no site www.nucleovet.com.br. O investimento é de R$ 380,00 para profissionais e R$ 270,00 para estudantes. O acesso a Poultry Fair é gratuito


Publicado em: 28/07/2016 às 08:15hs

Simpósio Brasil Sul de Suinocultura destaca os últimos avanço no combate ao Seneca Valley Vírus

As inscrições para o evento podem ser realizadas no site www.nucleovet.com.br. O investimento é de R$ 380,00 para profissionais e R$ 270,00 para estudantes. O acesso a Poultry Fair é gratuito.

De 09 a 11 de agosto de 2016 Chapecó recebe o IX Simpósio Brasil Sul Suinocultura e a VIII Brasil Sul Pig Fair, no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, em Chapecó, SC. O evento técnico, que abordará os principais desafios da suinocultura latino-americana, terá tradução simultânea para o espanhol em todas as palestras.

Durante a programação científica do evento, no dia 10 de agosto, o Prof. Dr. Amauri Alfieri, do Laboratório de Virologia Animal, da Universidade Estadual de Londrina, palestra sobre “Atualização sobre a situação do Seneca Valley Virus”.

Alfieri fará um relato das conquistas e evoluções no campo das novas descobertas relativas tanto ao senecavírus quanto à infecção em suíno, a senecavirose.

Ele lembra que o Seneca Valley vírus, atualmente denominado Senecavirus foi identificado pela primeira vez nos Estados Unidos em 2002. Os casos de lesões vesiculares em suínos continuaram sendo descritos em 2006, 2008 e 2012 nos Estados Unidos e no Canadá. “Até 2014 não existiam relatos da doença no Brasil. Ainda naquele ano os primeiros casos clínicos começaram a ser relatados por profissionais de campo”. Em março de 2015 o vírus foi identificado por técnicas moleculares no país, sendo oficialmente comunicado aos órgãos de defesa animal por pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná.

Conforme Alfieri, o vírus se disseminou rapidamente em quase todas as regiões do Brasil nas quais a cadeia produtiva de suínos tem importância econômica e social. “A velocidade de transmissão do SVA nos rebanhos foi muito grande, talvez sem paralelo na suinocultura nacional. Além da forma vesicular, o SVA ocasionou também a ocorrência de quadros clínicos ainda não descritos na literatura mundial”.

O genoma do SVA foi sequenciado neste curto espaço de tempo desde sua descoberta, destaca Alfieri. “Sequencias de nucleotídeos de algumas cepas virais de origem norte-americana e chinesa estão disponibilizadas em bases públicas de dados”. O professor ressalta ainda que, mais recentemente, trabalhos elaborados na China reproduziram, pela primeira vez, o quadro clínico de senecavirose em leitões inoculados experimentalmente com uma de SVA isolada em cultivo celular. “Com isso obteve-se a comprovação de todos os requisitos indispensáveis do postulado de Kock ratificando que o SVA é o agente etiológico dos quadros clínicos de lesões vesiculares em suínos”.

Os avanços de conhecimento relacionados ao SVA e à infecção de leitões e suínos adultos pelo vírus ocorreram de forma extremamente rápida, ressalta Alfieri. “Em resposta à agilidade que a cadeia produtiva de suínos exige, particularmente em aspectos relacionados à sanidade. Os relatos demonstram a capacidade dos laboratórios de pesquisa e diagnóstico nacionais em atender de forma quase que instantânea a uma importante e emergente demanda no setor produtivo”.

A palestra de Alfieri está marcada para o dia 10 de agosto, às 14h 50min, durante o Simpósio Brasil Sul de Suinocultura. O evento é realizado todos os anos pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas – Nucleovet no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, em Chapecó, Santa Catarina.

Fonte: Panty Assessoria

◄ Leia outras notícias