A 20ª Reunião da Rede de Laboratórios para Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologias de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola (Relare) será realizada nos dias 25 e 26 de junho, a partir das 8h30, no Buffet Planalto, em Londrina (PR). O evento tem como objetivo debater os resultados e os avanços das pesquisas sobre inoculantes microbiológicos de interesse agrícola, além de planejar futuras investigações e a transferência de tecnologia no setor.

Espera-se a presença de cerca de 200 participantes, incluindo pesquisadores, professores, técnicos, produtores rurais e representantes das indústrias nacionais de bioinsumos, do Ministério da Agricultura e Pecuária e de outras entidades. “A Relare visa auxiliar na transferência dos resultados de pesquisa para a indústria, ajudar na normatização de regras para a certificação de produtos biológicos de qualidade, estimular o mercado nacional promovendo o uso de novos produtos e apoiar a difusão de novas tecnologias associadas ao uso de microrganismos promotores de crescimento de plantas no Brasil”, explica Marco Antonio Nogueira, pesquisador da Embrapa Soja e presidente da Relare.

A palestra de abertura será realizada no dia 25, às 8h45, e trará um panorama sobre os inoculantes no Brasil e no mundo, destacando a capacidade produtiva e competitiva da indústria nacional. O palestrante será Solon Cordeiro Araújo, Conselheiro da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII). De acordo com dados da ANPII, o setor de inoculantes biológicos tem apresentado crescimento contínuo nos últimos quatro anos, com uma média anual de 14,7%, sendo a cultura da soja a maior usuária dessa tecnologia.

Em 2023, as empresas comercializaram aproximadamente 141 milhões de doses de inoculantes no Brasil, conforme a ANPII. A soja lidera a utilização de inoculantes, representando 77% das vendas da indústria (83% em doses), seguida pelo milho, com 16% (13% em doses), e pela cana-de-açúcar, com 2,5% (1,3% em doses). Inoculantes biológicos à base de bactérias Bradyrhizobium representaram 72,7% das doses comercializadas em 2023, enquanto produtos com bactérias Azospirillum e Pseudomonas corresponderam a 26,7% das doses vendidas no país. “O cenário indica que outras culturas ainda oferecem enormes oportunidades de crescimento na adoção e desenvolvimento de inoculantes no Brasil, com potencial para aumentar os benefícios ambientais e econômicos da nossa produção agrícola”, destaca Solon Cordeiro Araújo.

A Relare, portanto, continua a ser um importante fórum para o avanço do uso de tecnologias biológicas na agricultura brasileira, promovendo a inovação e a sustentabilidade no campo.