Publicado em: 06/02/2014 às 15:10hs
Após fechar o ano de 2013 com 30 Dias de Campo e 30 Unidades Demonstrativas instaladas no Piauí, a equipe de transferência de tecnologia da Embrapa Meio-Norte já se prepara para o segundo Dia de Campo do ano, que acontecerá dia 07 de fevereiro, no município de Lagoa do Sítio-PI, com uma programação focada no repasse de informações agronômicas sobre a batata-doce bioforticada, colheita de ramas, separação por categoria, pesagem, distribuição de ramas e degustação de produtos.
O primeiro Dia de Campo de 2014 aconteceu em São João do Piauí e teve também como cultivar apresentada, a batata-doce biofortificada. A produtividade do dia alcançou a marca de 38 toneladas por hectare, lembrando que a média nacional de batata-doce, segundo a Embrapa Hortaliças, é de 8 toneladas por hectare.
De acordo com o analista Marcos Jacob, coordenador das atividades da Rede BioFORT no Piauí, a intenção é superar em 2014 os números atingidos em 2013, e ele garante que o estado do Maranhão será fundamental para essa meta, visto que a região passará a receber um número maior de ações envolvendo a biofortificação. “A partir deste ano (2014), serão ampliadas as ações de transferência de tecnologia com produtos biofortificados no estado do Maranhão. Os trabalhos serão desenvolvidos através de parcerias entre a Embrapa e diversas entidades, já foi realizada uma reunião com representantes da União das Associações das Escolas Famílias Agrícolas do Maranhão – UAEFAMA, onde o projeto Biofort foi apresentado e estabeleceram-se os primeiros compromissos e adesões das Escolas Famílias Agrícolas.”
Nesse mesmo período de dezembro de 2013 o projeto foi apresentado a alunos e professores do Instituto Federal de Educação do Maranhão, em Caxias, onde foram acertadas as implantações de unidades de produtos biofortificados no referido instituto, que por sua vez estará disponibilizando o material propagativo (ramas, sementes e manivas) para produtores do entorno.
O próximo passo será uma reunião, em São Luis – MA, com representantes das Casas Famílias Rurais do Maranhão, juntamente com a Embrapa Cocais com o intuito de apresentar o projeto e estabelecer as adesões com a programação para implantação de Unidades de Multiplicação de Macaxeira (mandioca), Feijão Caupi e Batata-doce Biofortificada.
Até agora a Rede BioFORT já adicionou mais dois municípios, Lagoa do Sítio - PI e Santa Quitéria-MA, entres aqueles que recebem ações de biofortificação. Ao todo se somam 59 municípios em nove estados. O Piauí lidera com 42 municípios, seguido por Minas Gerais, com seis; e o Maranhão, que tem cinco. As ações são desenvolvidas também em 26 escolas agrícolas. Dezoito são do Piauí, três de Minas Gerais, duas no Maranhão e mais três nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia.
A Rede BioFORT é liderada pela pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, e envolve todos os projetos de biofortificação de alimentos pelo Brasil. Através de parcerias, como as feitas com as instituições de pesquisas HarvestPlus e AgroSalud, financiadas pela Agência de Desenvolvimento Internacional do Canadá (CIDA), pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) e também pela Fundação Bill e Melinda Gates, a Rede utiliza melhoramento genético convencional, para selecionar e aumentar o conteúdo de micronutrientes dos seguintes cultivares: arroz, feijão, batata-doce, mandioca, milho, feijão-caupi, abóbora e trigo. Novas culturas são geradas contendo maiores teores de pró-vitamina A, ferro e zinco, fortalecendo assim o combate à deficiência de micronutrientes no organismo humano, a popular fome oculta, que dentre as doenças provocadas, estão a anemia e a cegueira noturna.
Fonte: Embrapa Agroindústria de Alimentos
◄ Leia outras notícias