Publicado em: 15/12/2025 às 14:30hs
O programa “Adjuvantes da Pulverização”, único no Brasil, encerra o ano de 2025 com mais de 100 produtos certificados, provenientes de 60 empresas do setor agrícola. A iniciativa, conduzida pelo Centro de Engenharia e Automação (CEA-IAC) do Instituto Agronômico (IAC), em Jundiaí-SP, reconhece produtos por meio do Selo de Funcionalidade, garantindo qualidade e eficiência dos adjuvantes utilizados na pulverização agrícola.
Além da certificação, o programa avançou neste ano ao compartilhar com as empresas parceiras tabelas de interpretação de resultados laboratoriais, baseadas em um banco de dados exclusivo desenvolvido ao longo do projeto.
Segundo Hamilton Ramos, coordenador e idealizador do programa, a pesquisa incorporou parâmetros próprios de interpretação, específicos para adjuvantes.
“Os resultados agora estão associados a propriedades como tensão superficial, espalhamento e deriva, evoluindo no sistema de classificação dos produtos”, explica Ramos.
O objetivo é fornecer métricas mais precisas para analisar a eficácia dos adjuvantes e auxiliar na tomada de decisão por parte de fabricantes e agricultores.
O programa, mantido há mais de 20 anos, é financiado com recursos privados e realizado pelo CEA-IAC, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O centro conta com um laboratório avançado dedicado ao desenvolvimento, pesquisa e avaliação de adjuvantes agrícolas.
“Adjuvantes são produtos adicionados à calda de defensivos antes da aplicação nas lavouras. Seu papel é aumentar a eficácia do tratamento e reduzir perdas nas pulverizações”, detalha Ramos.
Ele acrescenta que adjuvantes de baixa qualidade podem comprometer investimentos em controle de pragas, doenças e plantas invasoras, mesmo quando combinados com defensivos agrícolas de alta tecnologia.
Ao contrário dos defensivos agrícolas, adjuvantes não exigem registro oficial no Brasil, o que gera riscos ao agricultor quanto à qualidade do produto adquirido.
O Selo IAC de Funcionalidade, emitido pelo programa, atua como uma chancela de confiabilidade, garantindo que o produto cumpre os critérios de eficácia e segurança definidos pelo laboratório.
“O processo de emissão do selo leva, em média, seis meses a partir da adesão da empresa ao programa. Ele também contribui para a criação de normas que possam sustentar um sistema oficial de certificação unificado para adjuvantes”, finaliza Ramos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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