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Programa “Adjuvantes da Pulverização” avança com banco de dados e selo de funcionalidade do IAC

Mais de 100 produtos já foram avaliados em iniciativa pioneira do Instituto Agronômico


Publicado em: 23/09/2025 às 11:55hs

Programa “Adjuvantes da Pulverização” avança com banco de dados e selo de funcionalidade do IAC

O programa Adjuvantes da Pulverização, liderado pelo Centro de Engenharia e Automação (CEA) do Instituto Agronômico (IAC), em Jundiaí (SP), entra em uma nova etapa estratégica. Após reunir mais de 40 empresas e avaliar mais de 100 adjuvantes agrícolas, o projeto passa a disponibilizar tabelas de interpretação de resultados às companhias parceiras, baseadas em análises estatísticas do banco de dados criado pela iniciativa.

Selo IAC de Funcionalidade garante confiabilidade

Um dos destaques do programa é o Selo IAC de Funcionalidade, concedido pelo CEA-IAC a produtos submetidos a análises aprofundadas e considerados compatíveis com boas práticas agrícolas. O selo se consolida como uma chancela de confiança para fabricantes e produtores.

Segundo o pesquisador científico e coordenador do programa, Hamilton Ramos, o sistema utiliza o indicador estatístico “percentil” para avaliar propriedades como tensão superficial, espalhamento e deriva dos adjuvantes. “Esse avanço permite classificar os produtos como de alto, baixo ou nenhum efeito em determinadas funcionalidades”, explica.

Papel dos adjuvantes na agricultura

Ramos destaca que os adjuvantes são adicionados à calda de agroquímicos antes da aplicação nas lavouras, com a função de aumentar a eficácia dos tratamentos e reduzir perdas na pulverização. Ele alerta, no entanto, que um adjuvante de baixa qualidade pode comprometer os investimentos em defensivos agrícolas de alta tecnologia, reduzindo sua eficiência no controle de pragas, doenças e plantas invasoras.

Brecha regulatória reforça importância do selo

Diferentemente dos defensivos agrícolas, os adjuvantes não exigem registro oficial obrigatório no Brasil. Essa ausência de regulação pode expor produtores a riscos quanto à qualidade dos produtos adquiridos. Nesse cenário, o Selo de Funcionalidade do IAC ganha relevância como parâmetro técnico de confiabilidade para o mercado.

De acordo com Ramos, a emissão do selo leva, em média, seis meses após a adesão da empresa ao programa. Além disso, o processo deve servir como base para a futura criação de um sistema oficial de certificação unificado para adjuvantes agrícolas.

Pesquisa e inovação de longo prazo

Órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o CEA-IAC pesquisa adjuvantes agrícolas há mais de 20 anos. Nesse período, tem investido constantemente na modernização de um laboratório de ponta, capaz de atender às demandas das empresas fabricantes de adjuvantes instaladas no país.

Fonte: Portal do Agronegócio

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