A Kemin Industries, fabricante global de ingredientes, promoveu um evento exclusivo para cerca de 23 de seus clientes, no dia 13 de julho, com o intuito de compartilhar informações e avanços no campo da nutrição de bovinos. O encontro contou com a participação especial do renomado Professor José Eduardo Portela Santos, da Universidade da Flórida, EUA, especialista em nutrição e reprodução de bovinos.

Durante o evento, o Professor abordou dois temas de grande relevância para a indústria: os efeitos da suplementação da colina protegida em ruminantes no período de transição e o papel dos aminoácidos no balanceamento de dietas de vacas em lactação. Ele destacou a importância de encontros como esse para promover a troca de experiências e informações entre os profissionais do campo e da academia. "Quem está no campo não tem o tempo de acessar a informação tão fácil como uma pessoa que esteja na área acadêmica e encontros como esse são muito positivos para essa troca de experiência e informação", disse.

A produção de leite de vacas tem se tornado cada vez mais eficiente em todo o mundo, e a manutenção ou aumento nos níveis de produção representam um desafio para os nutricionistas animais. Eles precisam encontrar maneiras de fornecer os nutrientes necessários para sustentar esse potencial de forma eficiente e sem prejudicar a saúde dos animais. 

Sobre os temas abordados, o professor enfatizou: "Nós discutimos a parte de nutrição por colina e nutrição por aminoácidos, e a literatura em ambos é bastante madura, não se sabe tudo, obviamente, mas a gente sabe já o suficiente para poder utilizar na dieta de vacas em lactação. Então falamos sobre como utilizar isso nas dietas de vaca desde o período seco até o pico de lactação."

O professor ressaltou que, na indústria americana, a suplementação de colina já está consolidada e vale muito a pena do ponto de vista econômico. Ele afirmou que, de maneira geral, esse tipo de intervenção traz benefícios para as vacas e, consequentemente, retorno econômico. No entanto, explicou que tudo depende de como e quanto o produtor decide investir e o que ele espera de retorno.

Durante sua apresentação, Santos desmistificou um mito comum relacionado à colina, afirmando que ela não se limita apenas a vacas gordas. Com base em pesquisas e estudos, ele compartilhou dados que comprovam que, independentemente da condição do animal (magro ou gordo, jovem ou mais velho), aqueles que receberam suplementação de colina apresentaram significativo aumento no desempenho.

Outro ponto destacado pelo professor foi a importância da colina protegida, pois estudos demonstram que apenas 6 a 8% da colina não protegida chega ao intestino, pois de 92 a 94% fica no rúmen, portanto, não é eficaz.

Além da palestra, especialistas da Kemin Industries apresentaram os produtos da empresa que atendem às necessidades dos animais, de acordo com os estudos apresentados. Foram demonstradas diferentes tecnologias de microencapsulamento e os produtos da Kemin que complementam dietas, conforme recomendado pelo professor durante a palestra.

Um deles é o CholiPEARLTM, uma fonte de colina encapsulada protegida da ação do rúmen. Produzido pelo método KEMIN® MicroPEARLS de spray freezing, o CholiPEARLTM combina proteção com alta digestibilidade intestinal, contendo 24% de cloreto de colina. Sua resistência ao processo de peletização é garantida pelo processo MicroPEARLS.

Entre as características e benefícios do CholiPEARL, destaca-se sua alta biodisponibilidade intestinal, facilidade de uso (podendo ser incorporado em premix, no concentrado ou on top) e resistência aos processos de fabricação, tornando-o ideal para a peletização. 

A biodisponibilidade do produto foi ressaltada como um fator importante, pois determina a quantidade de nutrientes absorvidos pela vaca e utilizados em seu metabolismo. Quanto maior a biodisponibilidade, mais precisas serão as doses e melhores serão os resultados alcançados.

Em relação à realidade brasileira, o professor apontou uma dificuldade e uma barreira: o sistema de pagamento pelo leite produzido. Ele afirmou: "O leite ainda é pago como leite, independentemente se ele tem mais ou menos componentes. A indústria precisa evoluir muito nisso. É infeliz esse aspecto da indústria que paga um valor, por exemplo, para o meu leite que tem 3,2% de gordura e 3,0% de proteína, e a mesma coisa para o leite do meu vizinho, que tem 4% de gordura e 3,4% de proteína. Isso precisa mudar e, quando isso mudar, vai criar um estímulo a mais para tecnologias serem implementadas."

As informações compartilhadas no encontro foram consideradas de extrema importância para os profissionais presentes. Cibelle Figueirêdo, nutricionista de ruminantes na cooperativa Comigo, afirmou que "mais vale um animal com um desempenho melhor do que vários que produzem um volume menor, pois só a mantença já tem um custo elevado”. Ela destacou que os tempos hoje são outros e o mercado está extremamente competitivo. “Tem muita gente que entra para esse mercado achando que fornecer um sopão, fornecer uma dieta básica faz com que ele se torne competitivo, só que cada dia mais profissionais se especializam e conseguem alcançar margem de receita cada vez maior e otimizando investimentos e aumentando a o lucro e são essas pessoas que estão sobrevivendo. Então essas tecnologias e esse conhecimento compartilhados hoje são fundamentais para isso, para que depois a gente possa traduzir o que foi absorvido aqui para o produtor numa linguagem mais acessível", disse a especialista.

Wilson Marchesin, Consultor na WAM Expertise Consultoria, destacou a atualização dos dados. "O que foi compartilhado nesse encontro é muito importante, dados novos, dados recentes, para nos mostrar o caminho para que a gente possa utilizar a melhor ferramenta da melhor forma possível. No mercado temos aqueles que são adeptos à tecnologia e os mais resistentes. Mas sabemos que os que estão mais atualizados além de melhorar a produtividade acabam gastando menos com medicamento, com tratamento curativos, pois estão fazendo o preventivo", disse Marchesin.

Renato Palma Nogueira, Zootecnista, Consultor e proprietário da Rumo Nutrição Animal, destacou a parceria com a Kemin e a consistência dos resultados dos produtos: "O mundo cada vez mais globalizado, preços comoditizados e se a gente quiser ganhar mais dinheiro, a gente tem que acreditar na ciência e usar as tecnologias validadas como as que vimos hoje. Eu opto pela Kemin pela parceria e principalmente pela consistência dos resultados dos produtos", disse.

A Kemin Industries é reconhecida como uma fabricante global de ingredientes comprometida em melhorar de forma sustentável a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Com mais de 500 ingredientes patenteados para saúde e nutrição humana e animal, a empresa busca oferecer soluções de qualidade, segurança e eficácia para alimentação, saúde e bem-estar.