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Presidente da Embrapa fala em Londrina sobre os desafios da ciência

O mundo está mais imprevisível e multipolar, o que impõe a instituições de ciência, tecnologia e inovação como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) grandes e novos desafios, uma vez que é preciso trabalhar com o futuro – cada vez mais difícil de antever


Publicado em: 13/08/2014 às 12:20hs

Presidente da Embrapa fala em Londrina sobre os desafios da ciência

Essa será a tônica da palestra do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, que abrirá a 34º Reunião de Pesquisa de Soja (RPS), em Londrina (PR), na quinta-feira, dia 14 de agosto, às 9h.

Lopes tem dito, em seus pronunciamentos, que o horizonte da Embrapa são os próximos 20 anos. O Brasil deverá estar preparado para atender a mercados de produtos agropecuários e industriais cada vez mais complexos e competitivos. Outro fator a ser considerado, segundo ele, é que as barreiras de ordem sanitária e de qualidade ganham dimensão ainda mais significativa no âmbito interno e nos mercados internacionais de produtos agropecuários. Somem-se a isso as barreiras de ordem ambiental – em crescimento – e, cada vez mais, as barreiras de ordem social. Há ainda a perspectiva de que as mudanças climáticas globais exijam a agregação de novos métodos de inovação tecnológica aos já existentes, como o melhoramento genético frente à intensificação dos estresses hídricos e nutricionais nos trópicos.

Ao mesmo tempo em que os países precisarão lidar, com maestria, com fragilidades que impactam negativamente nas colheitas é preciso considerar que de hoje até 2050 teremos mais 2,3 bilhões de pessoas no planeta, o que representa um crescimento considerável na demanda de alimentos. Ainda que a população deva estabilizar-se em 2050, teremos que crescer muito na capacidade de produção de alimentos no mundo. Um crescimento que pode representar cerca de 70% a mais do que o mundo produz hoje.

Segurança nutricional

Para o Presidente da Embrapa vislumbrar o futuro é muito mais que garantir alimentos para a humanidade, vai além também da segurança alimentar. Informações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) dão conta do crescimento do número de pessoas que estarão em risco do ponto de vista de segurança nutricional. A revisão do crescimento de obesidade é um desafio gigantesco para a agricultura. As instituições de pesquisa não poderão mais pensar em uma agricultura que é provedora só de alimento, fibra e energia. A agricultura terá que ser promotora de saúde e qualidade de vida. Integração alimento-nutrição- saúde é a ordem da agricultura no futuro, provedora de serviços ambientais e serviços ecossistêmicos.

O Presidente da Embrapa também falará da necessidade de o setor agropecuário tomar decisões com base em inteligência estratégica. Lopes acredita que não se pode mais prescindir de estratégias muito precisas de antecipação do futuro, de antevisão de riscos, de desafios e de oportunidades. Os países do mundo que hoje apresentam grandes avanços o fazem com base em seus ambientes de reflexão e de antevisão do futuro.

Partindo desse pressuposto a Embrapa está implementando o Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa (Agropensa), que trabalha com informações (estudos, análises) capazes de nortear estratégias, planos, agendas de pesquisa, inovação, por exemplo. Conheça mais sobre o assunto em https://www.embrapa.br/agropensa

Programação: http://www.cnpso.embrapa.br/rps/

Fonte: Embrapa Soja

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