Pesquisadores da University of Wits em Joanesburgo, África do Sul, criaram a primeira estrutura do mundo para orientar melhor o manejo de espécies terrestres invasoras. Usando uma abordagem de big data e combinando informações do Censo Nacional da África do Sul de 2011 com o Atlas dos Invasores de Plantas da África do Sul, os pesquisadores encontraram uma maneira de priorizar alvos no controle de espécies invasoras. 

"A África do Sul gasta R$ 1,5 bilhão por ano no controle de espécies invasoras e, embora o país esteja realmente na vanguarda do controle de espécies exóticas no mundo, ainda temos um problema terrível", disse o autor principal, Dr. Chevonne Reynolds, Professora da University of Ingenuity. “No entanto, usando nossa nova estrutura, podemos agora nos concentrar em atividades de controle invasivas priorizando os locais mais afetados. Em geral, esses são os municípios mais pobres do país”, completou. 

As espécies invasivas custaram à economia sul-africana R6,5 bilhões em danos causados por incêndios, perda de terras viáveis e água potável. Essas ervas daninhas também ameaçam nossa biodiversidade e serviços ecossistêmicos.  O principal achado da pesquisa, publicado na revista  Ecosystem Services, mostra que as comunidades rurais mais pobres são as mais afetadas pelos efeitos negativos das ervas invasoras. 

“Nós olhamos os meios de subsistência das pessoas em todo o país, qual é sua renda familiar e como eles usam os recursos naturais para apoiar ou complementar suas necessidades de vida diária, e então examinamos como isso é afetado por espécies invasoras”, afirmou. Reynolds diz.