Publicado em: 07/03/2019 às 07:20hs
Em poucos anos, a população vai superar a marca dos 9 bilhões de pessoas. Alimentar toda essa gente será um dos grandes desafios da indústria, e diversas startups e food techs estão em busca de soluções, desenvolvendo carnes em laboratório, feitas a partir de células animais ou à base de vegetais. E o dia em que esses produtos estarão disponíveis nas prateleiras dos mercados está cada vez mais próximo.
A startup israelense Aleph Farms conseguiu criar um bife a partir de células animais no final de 2018. Por enquanto, o resultado, pelo menos em aparência, está distante de um bife de verdade: é fininho, sem a textura marmorizada. Mas o sabor, garantem os cientistas, é igual. A empresa espera desenvolver a tecnologia rapidamente e quer lançar o produto comercialmente em até dois anos. O custo também é um fator importante: atualmente, cada bife custa US$ 50 dólares para ser feito.
Já no segundo semestre de 2019, a americana Just espera oferecer ao mercado asiático um frango empanado feito a partir de células retiradas de uma pena de ave. A empresa está na vanguarda das alternativas alimentares. Seu produto Just Egg, uma mistura para ovos batidos feita a partir de feijões moyashi, vendeu 3 milhões de unidades em poucos meses e em breve será lançado na Europa. Os pesquisadores da food tech também estão trabalhando para reproduzir bifes wagyu criados no Japão.
E essas são apenas algumas das startups envolvidas nessa área de pesquisa. A Impossible Meats e a Beyond Meat já criaram hambúrgueres feitos à base de vegetais que têm textura, sabor e até sangram como aqueles feitos com carne de verdade. A New Age Meats conseguiu obter um protótipo de salsicha, e a Memphis Meats desenvolveu tirinhas de frango em laboratório.
A tecnologia já existe e está se desenvolvendo rapidamente. As inovações logo estarão disponíveis aos consumidores. Mas eles estão dispostos a abrir mão da carne? Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que 60% dos entrevistados testaria a carne limpa, mas apenas 27% deles compraria um pacote no mercado. Será preciso vencer a desconfiança das pessoas.
Fonte: Avisite
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