Dirigentes, pesquisadores e funcionários administrativos da EPAMIG, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, e representantes de instituições parceiras participaram de debate sobre a situação atual da pesquisa e o momento de reestruturação do Sistema Estadual da Agropecuária. “Essa é uma oportunidade de ouvirmos novas idéias e formularmos metodologias de trabalho e parcerias. É hora de olharmos para o futuro. O que passou, passou”, enfatizou o presidente da EPAMIG Rui Verneque.

Convidado para fazer a palestra magna do evento o assessor da presidência da Embrapa, Eliseu Alves propôs os temas que nortearam o debate ao ressaltar a necessidade de integração entre pesquisa básica, pesquisa aplicada e extensão rural para a difusão dos conhecimentos. “É preciso integrar os grupos de interesse, tais como universidades, poderes executivo, legislativo, judiciário e mídia. Isso foi fundamental para o fortalecimento da Embrapa”, afirmou.

Eliseu, que atuou na estruturação da extensão rural em Minas Gerais e na criação da Embrapa, defendeu que a pesquisa deve se atentar às necessidades do mercado produtor e consumidor. “O mercado é um guia importantíssimo para a pesquisa. A EPAMIG deve criar os conhecimentos necessários para o aumento da produtividade de todos os setores da agricultura mineira: agronegócio, agricultura familiar e aqueles não contemplados por essas classificações”.  

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz, destacou ações para fortalecimento das vinculadas e do trabalho em rede. “A proposta passa por uma reestruturação não só dá EPAMIG, mas também das outras vinculadas do Sistema (Emater, IMA e Ruralminas). A pesquisa deve trabalhar integrada com a extensão rural e com as áreas de sanidade animal e vegetal e de reestruturação rural. Sabemos também que as condições de trabalho devem ser melhoradas. Temos como metas valorização da meritocracia, retenção de talentos, concurso público, programas de demissão incentivada e reestruturação das unidades de pesquisa”, disse.

Durante o painel, representantes de instituições como Fapemig, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Gado de Leite, Universidade Federal de Viçosa, Emater/MG, IMA e Ruralminas, falaram sobre o trabalho realizado junto com a EPAMIG e os pontos que podem ser melhorados. “A EPAMIG possui papel de destaque, porque a agropecuária ocupa lugar de destaque na economia mineira. Por isso, nossa expectativa é sempre de grandes parcerias”, disse a assessora-adjunta de Inovação da Fapemig, Elza Araújo. “As instituições que estão aqui, compartilham os mesmos desafios. Precisam reformular a maneira de se relacionar, de se comunicar com a sociedade. Eventos como esse servem para começar a definir novas diretrizes para o nosso trabalho”, avaliou o presidente da Emater, Amarildo Kalil.    

Avaliação interna

Nos dias 27 e 28 de maio, os coordenadores dos nove programas estaduais de pesquisa desenvolvidos pela EPAMIG estiveram reunidos com a Diretoria Executiva da Empresa. No dia 27, antes da realização do Painel, as diretrizes e linhas de pesquisa desenvolvidas no âmbito de cada programa foram apresentadas à nova Diretoria; no dia 28, pela manhã, os coordenadores fizeram uma avaliação da atuação de cada programa à luz do que foi debatido no Painel e traçaram metas para 2015.

Atualmente, os programas estaduais de pesquisa da EPAMIG abrangem as áreas de cafeicultura; floricultura; fruticultura; olericultura; grandes culturas; produção animal; processamento de leite e derivados; agroecologia e produção orgânica; e silvicultura e meio-ambiente.