Publicado em: 18/08/2014 às 14:30hs
A nanocelulose, um produto que vai revolucionar a indústria de base florestal e outros setores que compõem a economia mundial, está em ritmo acelerado de pesquisas, mas o uso prático em escala comercial vai demorar cerca de dez anos. Quem garante é Jack Miller, consultor da Risi no assunto. Durante o 9° Congresso Anual Latino-Americano de Celulose e Papel da Risi, em São Paulo, Miller disse que o produto ainda necessita de muitos estudos.
Na avaliação de Miller, existe mais propaganda relacionada à nanocelulose do que a aplicação prática. “Sem dúvida, trata-se de uma nova tecnologia que vai revolucionar muitos setores, porque é um produto forte, leve, reativo, elétrico, renovável, biodegradável e barato”, descreveu Miller. O consultor destacou ainda que há uma explosão de pesquisas nesta área, porém, com poucos resultados confiáveis. “Tem gente produzindo microcelulose dizendo que é nano, mas não é”, advertiu Milller, no que ele denominou de “manha” das empresas.
Em um curto prazo, a indústria do papel será a primeira beneficiada com a nanocelulose. De acordo com Jack Miller, as pesquisas estão sendo desenvolvidas nos Estados Unidos, Canadá, Japão e Europa Escandinávia. “Haverá muitas aplicações, com destaque inicial para o papel para escrever, embalagens, impressões, cartão, tintas, revestimentos, recipientes para produtos farmacêuticos, indústria têxtil, cimento, adesivos e até no tratamento de água”, detalhou Miller.
Fonte: Painel Florestal
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