Pesquisas

Método permite reaproveitamento da água usada para lavar o café

Sistema foi criado pela empresa mineira, em parceria com a Embrapa Café e com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural


Publicado em: 12/09/2013 às 09:40hs

Método permite reaproveitamento da água usada para lavar o café

A água utilizada na lavagem e no descascamento dos frutos de café pode ser reutilizada nessas operações, possibilitando uma economia de 40%. Para possibilitar esse reaproveitamento é preciso remover parte dos resíduos que essa água contém, o que pode ser feito pelo Sistema de Limpeza de Águas Residuárias (SLAR), desenvolvido por meio de uma parceria entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Embrapa Café e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café.

À medida que vai sendo reutilizada, aumenta a quantidade de nutrientes na água, que pode ser reaproveitada para a irrigação de lavouras, suprindo parte do que é necessário para o desenvolvimento de culturas e diminuindo os custos com aplicação de fertilizantes. A eficácia dessa tecnologia foi comprovada pelo projeto “Aproveitamento da Água Residuária do Café”, liderado pelo pesquisador Sammy Fernandes, cedido à Epamig pela Embrapa Café.

O Sistema de Limpeza de Águas Residuárias é constituído de caixas e peneiras que associam os processos de decantação e peneiramento. De acordo com Sammy Fernandes, a instalação do sistema é fácil e de baixo custo. “Os gastos são pequenos e acessíveis aos agricultores familiares. A unidade mais básica sai em torno de R$ 2 mil. São necessárias caixas de decantação e retenção, associadas a uma caixa de remanejamento, na qual se acopla uma bomba”, explica. O pesquisador conta que o sistema padrão processa cerca de 10 mil litros por vez, o que resulta em 20 sacas de café beneficiadas. “Embora os testes tenham usado esse parâmetro, acreditamos que o SLAR pode ser utilizado em unidades com maior capacidade”, esclarece.

“O Sistema de Limpeza de Águas Residuárias vem sendo divulgado em vários eventos realizados na Zona da Mata Mineira e na região Serrana do Espírito Santo. Estamos agora difundindo a tecnologia para outros locais. No ano passado fizemos um treinamento na região de Guaxupé, no sul de Minas”, completa Sammy Fernandes.

Fonte: Agência Minas

◄ Leia outras notícias