Publicado em: 10/07/2024 às 09:30hs
O cultivo do sorgo está em ascensão no Brasil, com um aumento de 30% na área nos últimos dois anos, movimentando mais de R$ 350 milhões em sementes. A Kynetec Brasil anunciou o início do estudo FarmTrak Sorgo Proteção de Cultivos, que investigará o manejo fitossanitário na produção do cereal, abrangendo o uso de fungicidas, herbicidas, inseticidas e outros defensivos agrícolas.
Segundo Felipe Lopes Abelha, analista de inteligência de mercado da Kynetec, a pesquisa surge em resposta à rápida evolução da cultura no país. O levantamento junto aos produtores começou em maio e será concluído em agosto, com previsão de publicação dos resultados para setembro deste ano.
O sorgo vem ganhando destaque como alternativa na sucessão da soja ou substituição ao milho segunda safra. Originário da África, o sorgo demonstra boa adaptação ao clima quente, rusticidade e alta tolerância à seca. Utilizado na alimentação humana, na formulação de ração animal e biocombustíveis sustentáveis, o cereal é cultivado em diversas variedades, como granífero, sacarino, forrageiro, biomassa e vassoura.
Felipe Abelha destaca que o mercado de sementes de sorgo tem crescido significativamente, movimentando R$ 357 milhões em 2023, um aumento de 23% em relação ao ano anterior, e dobrando nos últimos três anos. A área cultivada também acompanha essa expansão, com previsão de alcançar 1,56 milhão de hectares no ciclo 2024.
"A cultura recebe alto investimento dos produtores, com o preço médio da saca de sementes de sorgo em torno de R$ 300. Este crescimento está associado à competitividade do sorgo em relação ao milho, sendo menos vulnerável a imprevistos climáticos e oferecendo maior estabilidade", explica o especialista da Kynetec.
Em 2023, Minas Gerais liderou como principal estado produtor de sorgo, com 31% da área cultivada, seguido por Goiás (30%), São Paulo (18%), Mato Grosso e Bahia, ambos com 10% cada.
Fonte: Portal do Agronegócio
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