Pesquisas

Inoculante substitui 25% do nitrogenado em milho

"O uso de inoculantes com essas bactérias já supera dez milhões de doses anualmente e deve ampliar consideravelmente nas próximas safras"


Publicado em: 12/12/2022 às 08:40hs

Inoculante substitui 25% do nitrogenado em milho

O inoculante com Azospirillum brasilense vem ganhando destaque nas culturas de grãos brasileiras, enquanto consegue substituir 25% dos fertilizantes nitrogenados em lavouras de milho. A informação vem de um estudo do setor da soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Este inoculante, lançado no mercado brasileiro em 2009 e amplamente difundido pela Associação Nacional dos Produtores e Importadores de inoculantes (ANPII), se torna ainda mais essencial para o agronegócio com esta importante recomendação, pois reduz o caro fertilizante nitrogenado, trazendo menor custo de produção para o agricultor. O bioinsumo também colabora com a redução de emissões de gases de efeito estufa e com as estratégias de agricultura de baixo carbono.

“Esta validação, mais uma vez, é fruto da estreita a cooperação entre a pesquisa pública e as empresas privadas. O primeiro inoculante comercializado no país foi produzido com estirpes selecionadas pela Embrapa, mas a tecnologia de produção em larga escala foi totalmente desenvolvida nas empresas associadas à ANPII”, analisa Guilherme de Figueiredo, presidente da ANPII.

Atualmente, as associadas produzem o inoculante de Azospirillum, com as estirpes selecionadas e com a qualidade exigida pelos agricultores. O parque industrial de produção de inoculantes do Brasil é um dos mais modernos do mundo, podendo atender em quantidade e qualidade a demanda por inoculantes dos mais diversos tipos.

“Com toda a certeza, com a validação da redução de fertilizante nitrogenado no milho, o uso de inoculante nesta cultura terá significativos aumentos por parte dos agricultores brasileiros que usam as mais modernas tecnologias. O uso de inoculantes com essas bactérias já supera dez milhões de doses anualmente e deve ampliar consideravelmente nas próximas safras.”, explica Solon Araujo, diretor executivo da ANPII.

Fonte: Agrolink

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