Publicado em: 05/12/2024 às 07:30hs
A sustentabilidade tem se tornado um dos principais ingredientes na produção do café brasileiro, além da qualidade e do sabor que já são reconhecidos mundialmente. Um estudo realizado pela Yara, líder em nutrição de plantas, em parceria com a illycaffè, referência em inovação sustentável no setor cafeeiro, revelou que a adoção de práticas regenerativas nas lavouras pode gerar ganhos significativos para os cafeicultores, com impacto direto na rentabilidade e na saúde ambiental.
O experimento, conduzido em lavouras demonstrativas em Minas Gerais, combinou técnicas de manejo regenerativo amplamente aceitas na cafeicultura, como o uso de compostos orgânicos e plantas de cobertura nas entrelinhas, com um programa nutricional inovador. Esse programa integra conhecimentos agronômicos, soluções digitais e fertilizantes de alta tecnologia e baixo carbono. As fábricas da Yara, por exemplo, utilizam catalisadores que reduzem em até 60% as emissões de gases de efeito estufa na produção de fertilizantes, o que contribuiu positivamente para os resultados do estudo realizado com a illycaffè.
Segundo Marcelo Gobitta, gerente de Food Chain da Yara Brasil, a agricultura é responsável por cerca de 20% das emissões globais de gases de efeito estufa, e a produção de fertilizantes representa 11% dessa parcela. “Os dados obtidos com a illycaffè mostram o impacto significativo dos fertilizantes na descarbonização da agricultura, não apenas reduzindo as emissões, mas também potencializando o uso do solo, o que é fundamental para uma agricultura regenerativa”, explica Gobitta.
O estudo abrangeu as safras de 2022/2023 e 2023/2024 em nove fazendas de Minas Gerais, trazendo resultados importantes para a cafeicultura nacional. Entre os principais achados estão:
Esses resultados foram analisados por meio da plataforma digital “Champer”, uma solução desenvolvida pela Yara para monitorar o desempenho dos cafezais. Lançada no Brasil e na Colômbia no primeiro semestre de 2024, a plataforma fornece uma base sólida para a implementação e acompanhamento de práticas regenerativas. O Champer opera por meio de três pilares: um aplicativo para captura de dados no campo, um painel personalizado com indicadores de sustentabilidade e produção, e insights qualitativos que auxiliam na tomada de decisões.
Para Gobitta, os resultados obtidos nas lavouras demonstrativas evidenciam a importância de integrar toda a cadeia produtiva do café. “Empresas e traders têm se posicionado para reduzir os impactos ambientais desde o campo até a xícara, impulsionando transformações em todas as etapas da produção. Isso torna o café brasileiro um modelo de sucesso para o agronegócio global”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
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