Publicado em: 25/11/2025 às 13:30hs
Um estudo conduzido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), em Mossoró (RN), revelou resultados promissores sobre o uso de um aditivo nutricional desenvolvido por uma empresa do setor de nutrição animal no cultivo de tilápias-do-Nilo.
A pesquisa apontou que a suplementação das rações com o produto proporcionou melhor ganho de peso, maior eficiência alimentar e aumento da resistência ao estresse oxidativo, fatores que contribuem diretamente para a melhoria da produtividade e da qualidade do cultivo.
Segundo os pesquisadores, o melhor desempenho das tilápias foi observado na faixa de 1500 a 2000 g do aditivo por tonelada de ração, intervalo considerado ideal para manter a estabilidade metabólica dos peixes.
De acordo com Juliana Forgiarini, nutricionista animal e integrante da equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia responsável pelo produto, a inovação alia ciência e tecnologia para atender aos desafios da produção intensiva.
“A introdução de novas soluções tecnológicas é essencial para garantir produtividade e sustentabilidade na piscicultura moderna”, destaca Forgiarini.
Além dos ganhos produtivos, o estudo identificou melhorias significativas na saúde intestinal e hepática dos peixes. As análises histológicas mostraram vilos intestinais mais desenvolvidos e com menor incidência de lesões, além de redução de inflamações e de esteatose hepática nas tilápias alimentadas com o aditivo, especialmente nas dosagens mais elevadas.
Os resultados também indicaram forte ação antioxidante do produto. Os pesquisadores observaram menor peroxidação lipídica e maior atividade de enzimas relacionadas à defesa celular, fatores que contribuem para melhor resistência ao estresse e fortalecimento do sistema imunológico.
Para a equipe envolvida, os dados reforçam o potencial do aditivo em sistemas de produção que buscam escala, sustentabilidade e controle sanitário mais rigoroso.
“A novidade representa um avanço importante para o mercado de criação de peixes, especialmente para quem deseja aumentar a produtividade de forma sustentável e tecnicamente segura”, conclui Juliana Forgiarini.
Fonte: Portal do Agronegócio
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