Resultados efetivos mostram que a chamada segunda safra de milho, ou safrinha, vem se consolidando como parte fundamental da produção dessa cultura no Brasil. Antes relegada ao segundo plano e utilizada com o intuito de manter o solo coberto, nos últimos anos, a safrinha milho ganhou força e já representa quase 50% da área de cultivo tradicional de grãos no verão. Só em 2023, a produção chegou a mais de 87 milhões de toneladas. 

Contudo, o crescimento da produção na safrinha também trouxe a necessidade de novas estratégias para dar vazão a essa produtividade. “As doenças do solo vêm aumentando em diferentes culturas e regiões do Brasil. Especialmente no milho temos notado o aumento de doenças de solo, em função do ataque de cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) e infecção com molicutes, que deixam as plantas mais debilitadas e suscetíveis a alguns patógenos de solo, como o Fusarium”, explica Antônio Soares, gerente de biológicos da FMC, empresa de ciências para a agricultura. 

Para que a produtividade do produtor não seja impactada, Soares indica o uso de soluções que tenham efeito na fisiologia da planta, deixando-a mais tolerante ao estresse hídrico, afinal, esse tem sido um dos grandes problemas enfrentados. “O Programa Gennesis® da FMC, composto pelos produtos Seed+®, Presence Full® e Ataplan®, combina a bioativação com a proteção do cultivo contra os efeitos do estresse abiótico, ataques de nematoides e doenças de solo permitindo um melhor estabelecimento da lavoura e a proteção contra ataque de pragas e doenças”, afirma. 

Ainda segundo Soares, outros dois fatores justificam a utilização dessa solução. “O Programa Gennesis® promove o aumento de produtividade e a compatibilidade dos produtos visando o bom estabelecimento do cultivo. A utilização deve ser feita no momento do plantio, no tratamento da semente e no sulco do plantio”, explica. 

Safra do milho. A produção total estimada dessa safra de milho está em 117,6 milhões de toneladas, redução de 10,9% em relação ao ciclo anterior. A queda é reflexo de uma menor área plantada e de uma piora na expectativa de rendimento das lavouras. 

Segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a safrinha de milho, além de avaliar os custos, as decisões dos produtores dependem de fatores climáticos, de disponibilidade de janela para o plantio e dos preços de mercado. “Por tudo isso, o planejamento para a segunda safra de milho deve ser feito com cuidado e atenção, para que a produtividade aconteça, trazendo o retorno que o produtor rural merece”, finaliza Soares.