Publicado em: 31/10/2024 às 08:00hs
Com o crescente apelo por soluções ambientalmente responsáveis, a empresa brasileira Mandioca Sertaneja, de Uberaba (MG), em parceria com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e o Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), está desenvolvendo embalagens biodegradáveis a partir de resíduos da mandioca. Este projeto, que conta com um investimento de R$ 199 mil da Embrapii, busca uma alternativa sustentável para o setor de embalagens, utilizando fontes naturais renováveis.
A proposta inovadora visa produzir utensílios descartáveis e biodegradáveis, aproveitando subprodutos da extração da fécula de mandioca. Esse tipo de material se decompõe de forma rápida e eficiente, especialmente em processos de decomposição aeróbica, ou seja, em contato com o oxigênio, reduzindo drasticamente o impacto ambiental.
No contexto atual, as empresas alimentícias reconhecem que suas embalagens são fundamentais não apenas para preservar a qualidade do produto, mas também para comunicar valores e compromissos com o meio ambiente. A adaptação a materiais mais sustentáveis, que geram menos resíduos e podem ser reciclados com maior eficiência, é uma tendência crescente.
A utilização de resíduos de mandioca para a produção de embalagens traz benefícios duplos: diminui o descarte de subprodutos da indústria alimentícia e, ao mesmo tempo, oferece uma solução menos agressiva ao meio ambiente. Segundo especialistas, essa tecnologia é uma resposta às demandas do mercado e da sociedade por práticas mais ecológicas.
Atualmente, o projeto está finalizando sua primeira etapa de desenvolvimento, com a caracterização da matéria-prima e a avaliação de modificações químicas necessárias para transformar o bagaço da mandioca em filmes biodegradáveis. Esses filmes serão usados na criação de utensílios, como talheres e embalagens, que além de serem sustentáveis, mantêm as funcionalidades exigidas pelo mercado.
A iniciativa demonstra como a inovação tecnológica pode ser uma aliada poderosa na construção de um futuro mais verde, ao transformar resíduos em produtos com valor agregado e menor impacto ambiental.
Fonte: Portal do Agronegócio
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