Publicado em: 15/07/2015 às 12:45hs
Nos dias 11 e 12 de julho, a Embrapa foi a anfitriã do Encontro da Aliança Global de Pesquisa em Gases de Efeito Estufa (GRA, em inglês), grupo que reúne 46 nações com o objetivo de unificar e promover trabalhos científicos voltados à mitigação dos gases de efeito estufa na agropecuária. O evento foi integrado ao Congresso Mundial sobre Sistemas de ILPF, de 12 a 17 de julho, em Brasília.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto, abriu o encontro que contou com 25 especialistas de 12 diferentes países. "É com grande orgulho e prazer que recebemos o encontro da GRA que, ao lado do Congresso Mundial sobre Sistemas de ILPF, fará do Brasil palco das discussões sobre sustentabilidade na agropecuária durante esta semana", disse o diretor, dando as boas-vindas aos participantes.
Alan Franzluebbers, pesquisador do Agricultural Research Service (ARS) dos Estados Unidos, agradeceu a acolhida em nome da GRA e, ao fazer uma retrospectiva dos encontros anteriores da Aliança, propôs uma agenda pragmática e voltada a temas de impacto. "Nos encontros anteriores construímos propostas muito boas, mas muitas não puderam ser implementadas. Proponho que nos voltemos a temas de grande impacto e que sejam passíveis de implantação a curto prazo", sugeriu. Martin Neto e Franzluebbers são coordenadores do Grupo de Pesquisa em Terras Agriculturáveis da GRA.
Os participantes puderam apreciar o novo website da GRA e opinar sobre as ferramentas disponíveis para a divulgação dos trabalhos do grupo e, logo depois, representantes de sete países fizeram comunicados sobre o andamento dos projetos da Aliança Global em seus locais de origem.
No segundo dia do encontro, o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, abriu os trabalhos com apresentação da Empresa e da história da pesquisa agropecuária brasileira. "A pesquisa agropecuária nos poupou da necessidade de abrir novas áreas para a agricultura, pois conseguimos produzir mais no mesmo espaço", afirmou Lopes, que depois respondeu a uma rodada de perguntas dos participantes, interessados na atuação da Embrapa no Nordeste brasileiro e em como a Empresa trabalha com a grande diversidade cultural do Brasil. O presidente descreveu trabalhos que a Embrapa desenvolve no Semiárido, em especial no Vale do São Francisco, e falou sobre a evolução da atividade agropecuária no Cerrado nordestino.
Franzluebbers se disse impressionado com a capacidade científica brasileira. "O Brasil possui uma pesquisa científica atuante bem-estruturada e enorme capacidade de atuação em ações para mitigação de gases de efeito estufa na agropecuária. Para a GRA, essa capacidade é muito importante", comentou.
A Aliança Global
Criada em dezembro de 2009, a GRA conta com 46 países-membros de todos os continentes. A instituição é focada em pesquisa, desenvolvimento e extensão de tecnologias e práticas que promovam o aumento da produção de alimentos sem o aumento da emissão de gases de efeito estufa.
A participação dos países é voluntária e regida por uma carta que estabelece um conselho com membros de todos os signatários. A GRA mantém três grupos de pesquisa focados em áreas distintas: pecuária, terras agriculturáveis e rizicultura e há dois grupos dedicados a temas transversais: Nitrogênio e carbono no solo e Inventário e monitoramento.
Fonte: Embrapa
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